EUA planejam enviar até 10 mil soldados para fronteira com o México

O governo americano tem planos de enviar até 10 mil soldados para a fronteira com o México. A informação está em um documento interno da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras a que a rede americana de TV CBS teve acesso.
Desde ontem, 1,5 mil militares já estavam sendo mobilizados na região para a instalar barreiras para impedir a entrada de imigrantes. A mobilização militar se segue à decretação por Trump de estado de emergência na fronteira com o México, como parte das medidas de cumprimento de sua promessa de acabar com a imigração ilegal para os EUA.
Ontem, a Casa Branca tirou do ar sua página em espanhol. A medida foi criticada por líderes democratas e por representantes da comunidade hispânica. Segundo o Hispanic Council, 43 milhões de pessoas falam espanhol fluentemente nos Estados Unidos.
Milei admite deixar o Mercosul
O presidente argentino, Javier Milei, afirmou estar disposto a retirar a Argentina do Mercosul se isso for uma condição necessária para a conclusão de um acordo de livre comércio com os EUA.
"Se a condição extrema fosse essa, sim", disse Milei durante um evento organizado pela agência Bloomberg, à margem do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Milei, no entanto, disse acreditar que "é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandonar o que já se tem no âmbito do Mercosul". Ele vem criticando o sistema de tarifa externa comum adotado pelos países do bloco e tem pedido maior abertura para negociações individuais dos seus integrantes.
Trump ameaça Putin
Donald Trump ameaçou impor medidas duras contra a Rússia caso Vladimir Putin não chegue a um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia "agora".
"Se não fizermos um 'acordo', e em breve, não terei outra escolha senão impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer bem vendido pela Rússia aos Estados Unidos", disse Trump em seu perfil na rede social Truth.
"Recomponha-se agora e PAREM com essa guerra ridícula! SÓ VAI PIORAR." O presidente americano, porém, disse que não quer prejudicar a Rússia e que "sempre teve uma relação muito boa" com Putin.
Hoje, o governo russo disse estar disposto a um "diálogo entre iguais" com os EUA.

Novo incêndio em Los Angeles
Mais de 30 mil pessoas receberam ordem de evacuação no condado de Los Angeles depois do surgimento, ontem, de um novo incêndio na região, apelidado de Hughes. Outras 23 mil pessoas foram avisadas de que também poderão ter de deixar suas casas.
O fogo começou na região do lago Castaic, 70 km a noroeste da cidade de Los Angeles, e já consumiu uma área de 40 quilômetros quadrados.
O Serviço Nacional de Meteorologia alertou para a previsão de rajadas de vento seco que podem chegar a 100 km/h para hoje, o que pode piorar a situação.
O novo foco surge enquanto os bombeiros da Califórnia ainda tentam extinguir os incêndios que devastaram uma área de quase 200 quilômetros em Los Angeles. Até ontem, o Eaton, a leste de Los Angeles, estava 91% contido; e o incêndio Palisades, a oeste de Los Angeles, 68%.
Musk critica projeto de Trump para a IA
Elon Musk questionou ontem o projeto de inteligência artificial de 500 bilhões de dólares anunciado por Donald Trump. A iniciativa é liderada pela gigante japonesa SoftBank e pela OpenAI, empresa por trás do ChatGPT.
Em uma publicação em sua rede X, Musk afirmou que os principais investidores "na verdade não têm o dinheiro". "O Softbank tem menos de 10 bilhões garantidos. E eu tenho essa informação de fontes confiáveis", disse Musk.
O comentário do dono da Tesla foi contestado pelo CEO da OpenAI, Sam Altman. "Incorreto, como certamente você vai sabe. Quer visitar o primeiro centro que já está em atividade?". E acrescentou: "Isto é genial para o país. Percebo que o que é genial para o país nem sempre é ótimo para as suas empresas".
Papa denuncia 'mentalidade machista' na igreja
O papa Francisco denunciou ontem a "mentalidade machista" na Igreja Católica e pediu que mais cargos dentro da instituição sejam ocupados por freiras.
"A missão das irmãs é servir aos mais desfavorecidos e não ser empregadas de ninguém", afirmou Francisco, em referência ao emprego de freiras como cozinheiras e faxineiras de sacerdotes, bispos e cardeais.
Nas últimas semanas, o papa indicou duas mulheres para cargos de destaque dentro do hierarquia do Vaticano: Raffaella Petrini, para o Governo do Estado da Cidade do Vaticano; e Simona Brambilla, para o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável pelas ordens e congregações religiosas.
Desde a eleição de Francisco, em 2013, a proporção de mulheres em postos na Santa Sé e na administração do Vaticano aumentou de 19,2% para 23,4%.
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