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Incêndio fecha Parque Nacional da Serra do Cipó por questões de segurança

Incêndio no Parque Nacional da Serra do Cipó, no interior de Minas Gerais - Corpo de Bombeiros / Divulgação
Incêndio no Parque Nacional da Serra do Cipó, no interior de Minas Gerais Imagem: Corpo de Bombeiros / Divulgação

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

11/10/2019 15h53

Um incêndio de grandes proporções fechou hoje o Parque Nacional da Serra do Cipó, no interior de Minas Gerais, por questões de segurança. A estimativa é que 3,5 mil hectares foram atingidos pelo fogo.

Leandro Pereira Chagas, gestor do parque, informou ao UOL que uma reunião no final da tarde de hoje vai decidir se a visitação à Serra do Cipó seguirá suspensa amanhã, em pleno feriado.

Segundo o administrador, o incêndio teve início na última terça-feira (8), fora dos limites do parque, no município de Itabira. No dia seguinte, o fogo entrou no parque, entre a Mata das Flores e a Casa dos Currais, um dos pontos de apoio do parque para brigadistas e praticantes de travessias do local.

"O parque é muito visitado por montanhistas, que entre outras atividades fazem travessias de três dias em alta montanha — a mais famosa é Alto Palácio - Serra dos Alves. É justamente nessa parte alta do parque, na parte leste, que o fogo está atuando", explicou Leandro.

O gestor informou que 70 profissionais estão atuando no combate, na linha de frente para acabar com as chamas — no total, mais de 140 profissionais estão trabalhando no incêndio.

Brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que administra o Parque da Serra do Cipó, estão auxiliando no processo, junto com o apoio das brigadas da Serra da Canastra, Parque Nacional das Sempre Vivas, Parque Nacional do Caparaó e voluntários.

A polícia militar e os bombeiros do estado de Minas Gerais também estão apoiando o combate ao incêndio, com a utilização de helicóptero para o transporte de equipamentos, mantimentos e brigadistas nas regiões mais altas.

"Neste momento, a região em que o fogo atua é na região do Córrego dos Mascates, a área mais visitada do parque e onde fica a Cachoeira da Farofa. É uma área muito turística, e justamente por questão de segurança é que foi fechada", explicou Leandro.

"A área protegida pelo parque abrange um pedaço importante da Serra do Espinhaço, com campos naturais com a flora mais diversa do planeta, que abriga ainda as principais nascentes de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte", concluiu o gestor.