Ativistas jogam tinta preta no Palácio do Planalto contra vazamento de óleo
![Ativistas protestam em frente ao Palácio do Planalto contra vazamento de óleo - Christian Braga](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/27/2019/10/23/ativistas-protestam-em-frente-ao-palacio-do-planalto-contra-vazamento-de-oleo-1571839088666_v2_900x506.jpg)
Resumo da notícia
- Defensores do meio ambiente reclamam da lentidão do governo em conter o óleo
- Praias do Nordeste têm aparecido contaminadas desde o final de agosto
- Ministério ataca ONGs e diz que "depredam patrimônio público"
Ativistas ambientais do Greenpeace jogaram tinta preta na entrada do Palácio do Planalto em alusão à contaminação de óleo no litoral do Nordeste.
Os manifestantes se vestiram de preto, levantaram cartazes com críticas à "lentidão" das ações governamentais para conter ou descobrir as razões para o desastre ambiental.
Eles também levaram réplicas de barris de petróleo e os posicionaram em frente ao prédio da Presidência da República. Os ativistas simularam uma praia ao espalharem areia sobre uma lona azul, onde despejaram o líquido, uma mistura de óleo e tinta.
Segundo o Greenpeace, alguns dos ativistas acabaram detidos durante a manifestação. Eles foram levados para o 5º DP da capital federal para averiguação. Após algumas horas, eles foram liberados e ainda não há acusações formais. "O protesto pacífico é um direito garantido na Constituição e não configura crime", afirma a entidade por meio de nota. "A madeira utilizada no protesto foi trazida da Amazônia legal e o óleo foi feito de maisena, água, óleo de amêndoas e corante líquido preto, e não é permanente."
Durante a ação, eles exibiram faixas como "um governo contra o meio ambiente", "Brasil manchado de óleo" e "Pátria queimada, Brasil".
Mais uma vez, o governo mente sobre a atuação de ONGs, como vimos nas queimadas na Amazônia, como forma de desviar a atenção da sua própria falta de ação e incompetência
Thiago Almeida, do Greenpeace
Desde o final de agosto, as manchas de petróleo atingem a região Nordeste. Segundo o Greenpeace, a ONG vem ajudando a limpar as praias e documentando os locais atingidos. "Um papel que deveria ser do governo, mas que, por completa falta de competência, pouco fez de efetivo", afirmam em nota.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente denuncia "depredação do patrimônio". "Não bastasse não ajudar no esforço de limpeza das praias, o Greenpeace ainda depreda patrimônio público", diz.
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