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Salles admite "dificuldade de monitorar" manchas de óleo no Nordeste

Ministro afirmou que o fato de o óleo ser venezuelano aumenta chances de ele ter sido transportado por navio fantasma - Lucas Seixas/UOL
Ministro afirmou que o fato de o óleo ser venezuelano aumenta chances de ele ter sido transportado por navio fantasma Imagem: Lucas Seixas/UOL

Do UOL, em São Paulo

23/10/2019 11h22

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admitiu que "há dificuldade" no monitoramento das manchas de óleo no Nordeste.

A declaração foi dada durante uma entrevista de Salles ao Jornal das Dez, da GloboNews. O ministro deu sua versão sobre os trabalhos do governo no problema, que atinge a região há quase dois meses.

"Há uma dificuldade de monitorar as manchas. O problema é de previsibilidade, você não sabe de onde vem a mancha. Ela só aparece porque está próxima da costa", disse.

Salles negou omissão do governo no caso, citando ações que estão sendo feitas no litoral brasileiro.

"Normalmente, os acidentes que são rapidamente identificados são de causa determinada. Esse é um que não se sabe a causa. A investigação começou no início de setembro e o governo usou todos os meios disponíveis, acionando até satélites norte-americanos. O avião do Ibama faz rastreamento do litoral do Maranhão até a Bahia de maneira ininterrupta. Os helicópteros estão tentando identificar visualmente de onde vêm as manchas. Os barcos também não conseguem".

O ministro ainda abordou a tese de que o navio poluidor talvez seja clandestino. "O óleo não é brasileiro, é venezuelano. Há um mercado ilegal de óleo oriundo a Venezuela que vem sendo transacionado de maneira intensa pelos navios chamados 'dark ships'. A chance de ele ter sido transportado por um navio fantasma é muito grande".