Desmatamento sobe 74% e degradação, 1.382% em janeiro na Amazônia, diz ONG
A ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou hoje seu primeiro relatório do sistema de alerta de desmatamento de 2020. Segundo o documento, foram detectados 188 km² de desmatamento na Amazônia Legal em janeiro deste ano, o que representa um aumento de 74% em relação ao mesmo mês de 2019 - quando o desmatamento medido foi de 108 km².
Além do maior desmatamento, a degradação ambiental também teve alta, ainda maior: saltou de 11 km², em janeiro de 2019, para 163 km², no último mês - crescimento de 1.382%.
O Imazon classifica desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais,
A medição da ONG é feita com base em informações de três satélites: Sentinel-1, Sentinel-2 e Landsat-8. Os dados corroboram análise do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que apontou um desmatamento recorde em janeiro.
Segundo o Imazon, em janeiro, 66% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (21%), terras indígenas (11%) e unidades de conservação (2%).
Entre os estados, o Pará foi o que apresentou maior índice de desmatamento com 55 km² desmatados, seguido por Mato Grosso (49 km²) e Rondônia (28 km²).
Já em degradação, o Mato Grosso teve 129 km², ou 78% do total medido na Amazônia Legal.
O UOL tentou conversar com algum pesquisador do Imazon para que comentasse o relatório, mas não foi possível indicar nenhuma fonte para falar hoje sobre os dados.
A reportagem também enviou pedido ao Ministério do Meio Ambiente para que comente os dados de desmatamento e degradação, mas não obteve resposta até o momento.
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