"Recordes acontecem, né?", diz Mourão sobre incêndios no Pantanal
O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou hoje o número recorde de queimadas registradas no Pantanal, em entrevista concedida a jornalistas. A região contabilizou 6.048 focos de incêndio somente em setembro, considerado o maior da história, segundo dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"Recordes acontecem, né? Dezoito anos aí de governos ditos preocupados com o meio ambiente, foram 270 mil km² desmatados [entre 2010 e 2018]. Ano passado, o 1º ano do nosso governo, foram 10 mil km lá na Amazônia. Se você multiplicar por 18, dá 180 mil, é bem menos que 270. Então não dá para ficar nessa guerra de números. O que tem que fazer é reduzir as ilegalidades e acabou", minimizou.
O Pantanal ultrapassou a marca de 16 mil focos de incêndio no ano de 2020, o maior número de queimadas desde 1998, quando o Inpe começou a registrar os dados.
Comparado com os 12 meses de 2005 (12.536), o pior ano da série histórica até então, o número de focos acumulados em 2020 já é 28,6% maior. Em relação ao ano passado inteiro (10.025), a situação é ainda mais grave: houve aumento de 60,8% — tudo isso em menos de nove meses.
Outra região que também sofre com as queimadas é a Amazônia: uma nota técnica divulgada em agosto pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), órgão que estuda a região há 25 anos, mostra que a concentração de focos de incêndio na Amazônia não acontece em áreas já desmatadas.
Segundo o levantamento, que foi realizado a partir de dados oficiais do Inpe, 30% do fogo registrado na Amazônia em 2019 foi incêndio florestal, ou seja, em área protegida. Outros 34% estão relacionados a desmatamentos recentes.
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