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Desmatamento da Amazônia em abril é o maior em 10 anos, diz Imazon

Vista aérea de garimpo na Amazônia - Imagem de arquivo
Vista aérea de garimpo na Amazônia Imagem: Imagem de arquivo

Do UOL, em São Paulo

17/05/2021 13h52Atualizada em 17/05/2021 15h15

O desmatamento na Amazônia Legal em abril de 2021 atingiu o maior valor da série histórica para o mês dos últimos 10 anos. Os dados foram compilados pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), com base no SAD (Sistema de Alerta do Desmatamento), que monitora a região via satélite. Neste mês, uma área total de 778 km² foi devastada. Esse é o segundo mês consecutivo de recorde do desmatamento.

Em comparação com abril de 2020, o número representa um aumento de 45% no desmatamento. O Amazonas é o estado que lidera o ranking de regiões com maior área desmatada.

O percentual da região é de 28%, seguido pelo Pará, 26%, Mato Grosso, 22%, Rondônia, 16%, Roraima, 5%, Maranhão, 2% e Acre, que tem 1% da Amazônia Legal desmatada.

As áreas com maior devastação ocorreram em espaços particulares ou sob estágios de posse, segundo o SAD. Os demais pontos foram identificados em assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. Respectivamente, os percentuais de desmatamento nessas áreas são de 19%, 11% e 2%.

Degradação de florestas

De acordo com o levantamento do Imazon, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 99 km² em abril. O número representa um aumento de 60% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando o índice registrado foi de 62 km² de degradação.

O estado do Mato Grosso foi identificado como o que mais concentra esses números, com 75% de área florestal degradada, seguido pelo Paraná, que tem 24% e de Roraima, com 1%.

O UOL entrou em contato com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para confirmar a informação.

O último levantamento realizado pelo TerraBrasilis — plataforma desenvolvida pelo INPE — coletou dados entre 1º de agosto de 2019 a 31 de julho de 2020. Nesse período, o número estimado de desmatamento na Amazônia legal foi de 11.088 km².

O valor, na altura, representava um aumento de 9,5% em relação à taxa de desmatamento apurada pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) 2019, que foi de 10.129 km².