Com chuvas, nível do Cantareira sobe, mas se mantém na faixa de restrição
Apesar de o nível do Sistema Cantareira ter subido na última semana semana em razão das chuvas recentes, o aumento não foi suficiente para que o manancial saísse da faixa de restrição.
O estado de restrição é o que antecede o crítico, o mais grave, e passa a valer quando o sistema fecha um mês com volume abaixo de 30%. Ontem o manancial registrou 28,4% de sua capacidade, um adicional de 0,4% desde o dia 29 de outubro — quando reservatório tinha chegado à marca de 28%, de acordo com a Sabesp, a companhia de saneamento básico do estado.
O mês passado superou a média histórica de chuvas de outubro (122,3 mm) por 43,7 mm — totalizando 166 mm no dia 31. Para novembro, a expectativa, segundo o meteorologista do Inmet Marcelo Schneider, é que a média histórica seja alcançada novamente.
"A expectativa de chuva é que ela fique próxima da média ou ligeiramente a cima. Pode ser que o nível do Cantareira suba um pouco mais [neste mês]", disse Schneider, ressaltando talvez não seja o suficiente para que o sistema saia do nível de restrição. A média histórica de chuvas do mês de novembro é de 149 mm.
Desde junho, o Cantareira, que abastece um terço da população da Grande São Paulo, sofre com os impactos da estiagem. O conjunto de reservatórios passou pelas faixas de atenção e de alerta, até chegar à de restrição.
Além de ter suas principais represas distantes da capital — onde choveu mais —, o sistema também ficou com o solo ressecado com a falta de chuvas nos últimos meses —o que dificulta a absorção de água.
No início de outubro, o Cantareira chegou ao menor nível em cinco anos, 29%, e continuou caindo. No dia 19, o volume armazenado subiu 0,2 ponto percentual —foi para 28,3%, a primeira alta na capacidade operacional do manancial em mais de 80 dias.
Veja o nível de outros reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo:
- Cantareira: 28,4% (+0,4% em relação à taxa da semana passada)
- Alto Tietê: 39,7% (+0,3%)
- Guarapiranga: 51,2% (+0,2%)
- Cotia: 45,3% (-1,7%)
- Rio Grande: 83,6% (0%)
- Rio Claro: 44,4% (+1,1%)
- São Lourenço: 68,9% (+1,5%)
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