Desmatamento na Amazônia cai 31% entre janeiro e maio, diz Inpe
O desmatamento na Amazônia caiu 31% entre janeiro e maio de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022. Os dados são do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) e foram divulgados hoje pelo Ministério do Meio Ambiente.
O que aconteceu?
Em cinco meses de governo Lula, a área desmatada do bioma foi de 1.986 quilômetros quadrados, segundo os dados do Inpe. No mesmo período do ano passado, o último da gestão Bolsonaro, a área desmatada foi de 2.867 quilômetros quadrados.
Na comparação de maio de 2023 com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 10%. As áreas desmatadas foram, respectivamente, 812 e 900 quilômetros quadrados.
Mais autos de infração e aplicações de multas no país. O Ibama também informou que, entre janeiro e maio, o instituto realizou 7.196 autos de infração, uma alta de 78% na comparação com 2022. As multas aplicadas, por sua vez, somaram R$ 2,02 bilhões, um crescimento de 160%.
No Cerrado, desmatamento subiu 35%
Segundo os dados Inpe, a área desmatada entre janeiro e maio de 2023 foi de 3.532 quilômetros quadrados. No mesmo período de 2022, foi de 2.612 quilômetros quadrados.
Na comparação de maio de 2023 com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 83%. As áreas desmatadas foram, respectivamente, 1.326 e 726 quilômetros quadrados.
Os técnicos do Ministério do Meio Ambiente que apresentaram os dados não deram uma justificativa única para a alta do desmatamento.
O secretário executivo do ministério, João Paulo Capobianco, falou que 24 municípios com maior perda de área verde foram identificados. "Eles atingem 50,2% de todo o Cerrado, que é um bioma de pequenas dimensões", afirmou.
André Lima, secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, disse que a estimativa do ministério é que "mais de metade do desmatamento é autorizado pelos órgãos ambientais".
Nosso grande desafio é sincronizar os dados para poder identificar o que é autorizado e o que não é, para poder ter uma ação de fiscalização mais incisiva e eficiente".
André Lima
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