Pesquisadores registram tubarões ameaçados de extinção em arquipélago de SP
![Tubarões ameaçados são avistados em arquipélago a 35 km do litoral de SP Tubarões ameaçados são avistados em arquipélago a 35 km do litoral de SP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/c0/2024/02/14/tubaroes-ameacados-sao-avistados-em-sp-1707943587109_v2_900x506.png)
Sete espécies de tubarões — sendo seis ameaçadas de extinção — foram registradas por pesquisadores no arquipélago de Alcatrazes, a cerca de 35 km do litoral norte de São Paulo, na altura da cidade de São Sebastião.
O que aconteceu
Os animais foram registrados por meio de um equipamento chamado Bruv. Usando sardinhas como isca, ele atrai os tubarões a 50 metros de profundidade e, submerso por uma hora, capta imagens, que são processadas em laboratórios da Unifesp.
O objetivo dos pesquisadores é medir o impacto da expansão da zona de proibição de pesca na região. Em 2016, ela chegou aos 675 km² com a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes — antes, era de 12 km². Quem administra essa unidade conservação federal é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O registro dos tubarões faz parte de pesquisa que monitora a vida marinha no arquipélago desde 2022. O estudo é conduzido por pesquisadores da Unifesp e Unesp, em projeto apoiado pela Petrobras.
![Pesquisadores registram imagens de tubarões em arquipélago em SP Pesquisadores registram imagens de tubarões em arquipélago em SP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/ac/2024/02/14/pesquisadores-registram-imagens-de-tubaroes-em-arquipelago-em-sp-1707943665465_v2_750x421.png)
Desde 2022, foram feitas 150 operações em 38 pontos diferentes. Em 16 operações, foram registrados tubarões das espécies cação-bagre-da-cauda-branca; tubarão-mangona; tubarão-galhudo; tubarão-seda; cação-frango; tubarão-martelo-recortado, e tubarão-martelo-liso. Esses seis últimos são considerados ameaçados de extinção.
Nosso objetivo era estudar e investigar se existia algum efeito dessa proteção [a expansão da zona de proibição de pesca]. (...) As pessoas que mergulhavam desde 2014 não viam tubarões com tanta frequência como agora.
Fábio Motta, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha (LabecMar) e professor da Unifesp
Deixe seu comentário