Fortunati assume Prefeitura de Porto Alegre pedindo respeito da oposição
O atual prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), tomou posse na tarde desta terça-feira (1º) na Câmara de Vereadores afirmando que continuará "trabalhando pela cidade" e respeitando a oposição, desde que tenha também o respeito dos vereadores adversários. "Não tenho medo das discordâncias, mas deixo de respeitar [os adversários] quando sai do campo político para o pessoal", disse no seu discurso de posse.
Vice de José Fogaça em 2008, o pedetista assumiu o paço municipal em 2010 depois que o peemedebista saiu para concorrer ao governo do Estado. Candidato à reeleição, obteve 65% dos votos válidos. “Pela primeira vez estou assumindo o posto eleito pelo voto popular, de forma direta. Isso me enche de alegria e também de responsabilidade”, disse o prefeito na posse.
Fortunati afirmou que pretende dar sequência ao trabalho que vem realizando à frente de uma coalizão que reúne várias forças políticas, incluindo PMDB, PTB e PDT. “Neste segundo mandato, vou respeitar o que dizia o meu slogan de campanha: fazer mais, fazer melhor e continuar fazendo com todos”, declarou.
A composição do secretariado que assume com o prefeito foi o primeiro desafio após a campanha. Fortunati aprovou na Câmara de Vereadores uma reforma administrativa que criou 331 cargos em comissão a um custo anual de R$ 8,5 milhões. Porto Alegre passará a ter um escritório de representação em Brasília, junto à estrutura mantida pelo governo estadual. A reforma também extinguiu algumas funções públicas.
Um dos principais focos da reforma é a criação do Escritório de Regulamentação Fundiária, que pretende tornar menos burocráticos os processos de aprovação de projetos imobiliários. Outra medida é o aumento do número de Centros Administrativos Regionais (CARs), que passarão de 12 para 17.
Outra medida da reforma administrativa é uma espécie de antídoto para a diversificada composição política que apóia o prefeito. Fortunati irá impor a chamada “transversalidade” nas secretarias, onde nenhum partido terá domínio absoluto sobre uma pasta. O secretário titular será de uma sigla e o secretário-adjunto, de outra.
Fortunati reconheceu também que um dos maiores desafios que vai enfrentar na nova gestão é a saúde pública. Ao ser questionado a respeito das obras para a Copa do Mundo, reforçou a importância do legado que o evento deixará para a Capital. Sobre a construção do metrô, disse que a prefeitura espera até janeiro a proposta de manifestação de interesse para saber qual é a melhor alternativa para a execução da obra.
Às 17h, no Paço Municipal, ocorre a cerimônia de reassunção de Fortunati ao cargo de prefeito e a posse do novo secretariado municipal.
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