Vaccari diz que seu afastamento de tesouraria do PT depende do partido
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que sua permanência na secretaria finanças depende do partido. Ele é investigado por suspeita de participar de um esquema de propina envolvendo a estatal e presta depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras nesta quinta-feira (9).
“A decisão de estar na secretaria de finanças do PT não pertence a mim, mas ao diretório nacional do partido. Essa decisão será discutida e terá resultado", afirmou Vaccari. "Ao diretório nacional, até o dia de hoje não foi apresentada nenhuma proposta de que eu me afaste da secretaria de finanças", completou.
O sub-relator da CPI, deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), afirmou que há "setores do partido” que pedem a saída de Vaccari da secretaria e do partido por ele estar sendo apontados por delatores da Lava Jato como arrecadador de propinas de empresas contratadas pela Petrobras.
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está entre os que defendem o afastamento imediato de Vaccari. Há também petistas do Rio Grande do Sul, entre eles o ex-governador Tarso Genro, e de Santa Catarina que pedem a saída do tesoureiro.
Mais cedo, o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-CE), afirmou que os membros do partido que pedem o afastamento do tesoureiro estão “fora do eixo” e que a saída da Vaccari seria criminalizá-lo antecipadamente.
Durante a tarde, ele foi novamente questionado sobre o assunto, e respondeu: "reafirmo que serei secretário de finanças e até o dia em que o dia em que o diretório assim o quiser".
Vaccari é acusado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de receber US$ 300 mil para a campanha presidencial da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010. Para o Ministério Público Federal, Vaccari intermediou o pagamento de propinas ao PT. As doações teriam sido encaminhadas ao partido por meio de doações oficiais entre os anos de 2008 e 2010.
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