Após busca da PF em casa de Collor, Cunha disse: "porta está aberta"
Em julho deste ano, após a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República terem realizado buscas em residências e escritórios de políticos, incluindo três senadores, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que as portas da sua casa estão abertas para as investigações. "A porta da minha casa está aberta. Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar", comentou o presidente, que é um dos investigados perante o Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema deflagrado pela Lava Jato.
Nesta terça-feira (15), a PF cumpre mandados de busca e apreensão nas residências de Cunha em Brasília e no Rio de Janeiro.
Ele preferiu não comentar as oposições feitas à ação dos investigadores e descartou ligações entre as medidas de busca e apreensão e uma possível retaliação do governo aos parlamentares. "Não foi uma ação motivada pelo governo. Não dá para acusar o governo pela ação. O espetáculo talvez você possa acusar, mas a ação não", completou o peemedebista, dizendo que é "preciso deixar o tempo e as coisas aparecerem".
À época, investigadores tiveram como alvo os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE), além do ex-ministro Mario Negromonte e do ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC) e do advogado Tiago Cedraz.
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