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Carvalho diz que governo vai derrubar liminar e esperava longa batalha

O ex-secretário-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho - Andre Borges/Folhapress
O ex-secretário-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho Imagem: Andre Borges/Folhapress

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

17/03/2016 12h18Atualizada em 17/03/2016 12h23

Ex-secretário-geral da Presidência da República e um dos homens mais próximos ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gilberto Carvalho disse nesta quinta-feira (17) que o governo vai derrubar a liminar deferida pela Justiça Federal que suspendeu o ato de nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil. “Isso era mais do que esperado. Mas é o juiz de uma vara. Quem vai definir isso é o STF (Supremo Tribunal Federal)”, afirmou Carvalho logo após a cerimônia de posse de Lula.

Gilberto Carvalho afirmou que o momento é de calma e que a decisão do juiz da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, Itagiba Catta Preta Neto, faz parte de uma “longa batalha judicial”.

“Vamos derrubar essa liminar. Esperávamos por isso. Esperávamos uma batalha longa para garantir que o presidente Lula possa governar junto com a presidente Dilma, como ministro, e essas reações eram mais do que esperadas. “Essas reações eram mais do que esperadas e só confirmam o acerto dessa nossa posição. Essa reação irada, raivosa, mostram o quanto nossos adversários foram pegos de surpresa”, disse Carvalho.

A suspensão da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil acontece em meio ao agravamento da crise política e um dia depois da divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça nas quais Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) aparecem conversando sobre a ida de Lula para o ministério.

O juiz Itagiba Catta Preta entendeu que há indícios de cometimento de crime de responsabilidade na nomeação de Lula na medida em que ela teria o objetivo de garantir foro privilegiado ao ex-presidente que é investigado pela Operação Lava Jato e pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Até a publicação desta reportagem, o Palácio do Planalto ainda não havia se manifestado sobre que medidas iria tomar em relação à liminar que suspendeu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil. 

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