Temer recebe alta e deixa hospital em São Paulo
O presidente Michel Temer (PMDB) recebeu alta e, às 12h05, deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta segunda-feira (30). Temer estava internado desde a noite de sexta-feira (27) para passar por exames uma a raspagem da próstata após ter passado mal na última quarta-feira (25).
Aos jornalistas, o presidente disse que “foi tudo bem” a respeito de sua internação. De acordo com boletim divulgado pelo hospital, Temer passará por uma "reavaliação de rotina" daqui a 30 dias.
Segundo seus médicos, o presidente, que tem 77 anos de idade, está bem clinicamente e o ideal era que ele repousasse. Temer atendeu a solicitação e ficará em sua residência na capital paulista. "Hoje e amanhã, vou trabalhar de casa", disse o presidente ao deixar o hospital.
O presidente já deve receber, por exemplo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que irá discutir possíveis mudanças no orçamento de 2018.
O Planalto ainda não confirmou qual será a duração do repouso e a data do retorno de Temer a Brasília, mas a expectativa é que isso aconteça na véspera do feriado do dia de Finados, em 1º de novembro.
Agenda com presidente da Bolívia é cancelada
Para esta segunda-feira, estava programada a visita oficial de Estado do presidente da Bolívia, Evo Morales, a Temer no Palácio do Planalto, em Brasília. No entanto, devido à internação do presidente brasileiro, toda a programação teve de ser adiada.
O Ministério das Relações Exteriores informou que a visita será realizada em uma data próxima ainda a ser acertada entre as chancelarias de ambos os países.
Morales chegaria a Brasília vindo de La Paz, capital boliviana, na noite de domingo (29). Nesta segunda pela manhã, Morales seria recebido por Temer no Planalto, onde realizariam um encontro bilateral e assinariam atos entre Brasil e Bolívia.
Em seguida, Temer promoveria um almoço para a delegação boliviana no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores em Brasília. Após o compromisso, Morales voltaria para La Paz às 15h.
Dor e incômodo
Na quarta-feira (25), dia em que se votava o arquivamento da segunda denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados, o presidente sentiu um forte incômodo no fim da manhã e foi levado ao Hospital do Exército, em Brasília, em função de uma obstrução urológica. Ele recebeu alta no começo da noite do mesmo dia, mas decidiu ir a São Paulo na sexta-feira para ser avaliado pela equipe médica que o acompanha.
Já na capital paulista, Temer foi operado para a raspagem da próstata na própria sexta. A cirurgia foi feita para diminuir o tamanho da glândula e desobstruir a uretra.
Há sete anos, o presidente havia sido submetido a um procedimento para contornar o crescimento da próstata. "A [causa] mais provável, no caso dele, é que a próstata tenha voltado a crescer”, disse, no sábado (28), o urologista Miguel Srougi, da equipe que cuida do presidente. Temer "estava em retenção urinária", segundo o médico, por esse motivo era necessário o uso de uma sonda.
No domingo (29), Temer passou por um procedimento para a retirada da sonda vesical, usado para coleta de urina, que ele utilizava desde a quarta-feira. Segundo Srougi, seu uso é desconfortável.
Problema atinge homens mais velhos
A internação de Temer deveu-se a um quadro de retenção urinária por hiperplasia benigna da próstata, ou seja, quando há um aumento natural da glândula (sem relação com o câncer de próstata), impedindo a passagem da urina pela uretra.
A próstata pesa cerca de 20 gramas e é responsável por produzir um fluído que compõe o sêmen. O crescimento da glândula é normal ao longo dos anos.
Entretanto, quando as células prostáticas invadem os tecidos vizinhos, a bexiga e a uretra ficam comprimidas e provocam o primeiro sintoma da doença, que é a dificuldade em urinar.
De acordo com levantamento do ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 25% das pessoas do sexo masculino com mais de 50 anos têm hiperplasia prostática benigna.
A partir dos 65 anos, o número cresce para 30% e, após os 80, a taxa é de 90%.
(Com Estadão Conteúdo)
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