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Posse de Jair Bolsonaro

Estrela do governo, Moro mantém discrição em dia de posse de Bolsonaro

1º.jan.2019 - Presidente Jair Bolsonaro (e), vice Hamilton Mourão e ministro da Justiça, Sergio Moro, posam para foto oficial do novo governo - AP Photo/Eraldo Peres
1º.jan.2019 - Presidente Jair Bolsonaro (e), vice Hamilton Mourão e ministro da Justiça, Sergio Moro, posam para foto oficial do novo governo Imagem: AP Photo/Eraldo Peres

Antônio Temóteo

Do UOL, em Brasília

01/01/2019 21h53

Principal estrela do ministério do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, teve atuação discreta durante a posse do presidente da República ao longo desta terça-feira (1º), em Brasília.

O ex-juiz federal não compareceu ao primeiro ato do cerimonial, no Congresso Nacional, mas foi o mais aplaudido durante o evento de posse dos ministros, no Palácio do Planalto.

Moro era um dos 1,5 mil convidados para a cerimônia de posse no Congresso. Na chapelaria da Casa, seguranças e policiais legislativos aguardavam o ministro, que tem um esquema de segurança semelhante ao do presidente da República. O ex-juiz, porém, não apareceu.

O ministro da Justiça tem escolta de policiais federais 24 horas por dia e é sempre acompanhado por dois carros oficiais da Polícia Federal. O nível cinco de segurança, em que ele se enquadra, é o segundo mais alto do país. Somente o presidente da República possui um aparo maior.

Entre os brasileiros que participaram da cerimônia de posse de Bolsonaro, o nome de Moro era um dos mais lembrados e destacados. Quem foi à Esplanada dos Ministérios viu faixas e camisetas com o nome do ministro da Justiça.

Tamanha é a expectativa em relação à atuação de Moro no governo Bolsonaro que a cerimônia de transmissão de cargo, marcada para às 10h desta quarta-feira (2), é a mais aguardada entre os 22 ministros.

Para se ter uma ideia do prestígio de Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, alterou o evento de transmissão de cargo das 10h para às 15h após ser avisado de que teria a concorrência do ministro da Justiça.

Nesta terça, Moro foi o primeiro ministro oficialmente nomeado por Bolsonaro e ficou bem próximo do presidente na foto oficial, tendo entre eles apenas o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

Além do apoio do público e de aliados, Moro recebe mensagens da família. Hoje, ele foi homenageado pela mulher,, Rosangela, que postou uma mensagem na rede social Instagram.

 "Você fará muito pelo nosso país, Ministro. Suas virtudes, sua sabedoria e conhecimentos contribuirão para nosso país. Estamos certos disso e muito orgulhosos. Esse dia entrará na história do Brasil e na nossa própria história: você nos enche de orgulho. 'prometo que te juro' - 'olhos de tigre'- o certo é o certo, sempre. Love u. Ro, Juju e Vini.", escreveu Rosangela.

Juiz da Lava Jato no Rio viaja para Brasília em voo da FAB

Enquanto Sergio Moro se manteve discreto nesta tarde, um ex-colega seu de Lava Jato, juiz Marcelo Bretas, se envolveu em uma polêmica ao viajar a Brasília em um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) na companhia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Bretas é o juiz responsável pelas decisões em primeira instância da operação no Rio.

Apesar da carona, ele afirmou que não vê conflito de interesse em ser convidado por um parlamentar para uma viagem. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também estava no avião.

"O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) me ofereceu uma carona e aqui estou. Não vejo [nenhum conflito de interesses]. Veja que sou juiz de primeira instância", disse o magistrado, que viajou acompanhado da esposa, a juíza Simone Bretas.

Assim como Moro, o juiz carioca é cotado para ser indicado pelo novo presidente a uma das próximas vagas a serem abertas no STF (Supremo Tribunal Federal). Os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello completarão 75 anos em 2020 e 2021 e terão de deixar o cargo. Bolsonaro indicará ao Senado Federal os dois nomes que ocuparão as vagas.

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