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Parlamentares chamam Guedes para explicar atrasos e plano contra crise

O deputado Sílvio Costa Filho (PRB-PE), vice-presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O deputado Sílvio Costa Filho (PRB-PE), vice-presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

10/03/2020 12h38

Às vésperas das manifestações do dia 15, convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Frente Parlamentar Mista do Pacto Federativo quer explicações do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre atrasos nas reformas econômicas e os planos do governo para enfrentar a crise internacional.

Os parlamentares convidaram Guedes para que ele deixe claro quais reformas o governo quer priorizar. Pelo Congresso tramitam três PECs (propostas de emenda à Constituição) encampadas por Guedes, mais projetos para privatização da Eletrobras e autonomia do Banco Central. O convite foi feito hoje e aguarda resposta do Ministério da Economia.

O movimento dos parlamentares que discutem as reformas de Guedes acontece após ministro dizer que o resultado de crescimento de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado já era esperado e que está tranquilo com a crise internacional que abalou os principais mercados pelo mundo.

O presidente da frente, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), afirmou que as expectativas do PIB desse ano começaram a cair e o governo ainda não mostrou o que fará para reverter o quadro.

"É fundamental buscar um entendimento junto ao ministro da Economia. O governo sinaliza que as reformas administrativa e tributária são fundamentais, mas há três meses esperamos os textos do Executivo, que não chegaram ainda", disse Silvio.

Ele demonstrou preocupação com a tramitação dos textos, uma vez que o calendário legislativo é mais curto em razão das eleições municipais, em outubro. Segundo Silvio, os parlamentares temem que o cenário econômico siga se agravando e a economia não reaja.

"Queremos fazer as reformas, precisamos trabalhar juntos. O objetivo é que o ministro explique o que tem feito para enfrentar a crise interna e externa. É momento de unir esforços assim como fizemos na Previdência", declarou.