Comissão de Direitos Humanos da OAB vê excesso da PM durante ato em SP
Representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que acompanharam as manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (31) na Avenida Paulista, em São Paulo, acreditam que houve excesso da Polícia Militar na dispersão dos manifestantes contrários ao presidente, e que a própria dispersão não poderia ter sido feita.
"O que nós notamos é que foi desproporcional a ação da polícia", afirma o advogado Rodrigo Sérvulo da Cunha, representante da OAB no protesto. "Eles foram varrendo a avenida lá do Masp até aqui a Consolação com uma chuva de bombas para cima dos manifestantes, e isso não cabe."
Na observação do advogado, por mais que os manifestantes tenham atacado a PM, inicialmente, com garrafas e até rojões, a polícia deveria ter parado após o controle do tumulto inicial.
"Por causa de um pequeno grupo, que não representava o conjunto da manifestação, puniram a todos", diz o advogado Claudio Latorraca, que também integra a comissão da OAB e estava no protesto.
Os advogados dizem que vão produzir um relatório e encaminhar para a ouvidoria da PM de SP.
Mais tarde, após o protesto, o governador João Doria afirmou que a PM agiu para defender a integridade dos manifestantes dos dois lados.
O tumulto na Paulista começou após um pequeno grupo de apoiadores do presidente aproximar-se da manifestação contrária, que estava reunida na altura do Masp. Após uma pequena escaramuça, a PM interveio e conseguiu retirar os bolsonaristas do local.
A partir dali a tensão entre manifestantes e polícia cresceu, foram atiradas algumas garrafas e rojões em direção aos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de borracha.
De acordo com a PM, a presença de uma bandeira neonazista foi o estopim da confusão.
Um pouco antes, um grupo de manifestantes contrários ao presidente havia chegado ao local onde os apoiadores dele reuniam-se, em frente à Fiesp, e gerado um tumulto que foi controlado quando a PM usou bombas e sprays de pimenta.
Cordões de isolamento de policiais separavam as duas manifestações, com um quarteirão de distância entre cada uma.
Após a dispersão da manifestação contrária ao presidente, a manifestação a favor de Bolsonaro prosseguiu na avenida sem maiores incidentes.
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