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Lula: Ciro em Paris, FHC anula voto e vêm dizer que o PT elegeu Bolsonaro?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - reprodução
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Imagem: reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/06/2020 19h00

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou hoje, em live no YouTube, de quem culpa o Partido dos Trabalhadores pela ascensão política do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"O Ciro [Gomes] viaja para Paris, o Fernando Henrique Cardoso anula o voto e eles vêm dizer que PT elegeu Bolsonaro? Tenha dó", afirmou Lula em entrevista concedida a youtubers.

Lula estava falando sobre os acontecimentos durante a última eleição presidencial, em que Ciro Gomes (PDT) foi para a Europa e não apoiou Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Já FHC afirmou, na ocasião, que não votaria em Bolsonaro e não apoiaria o PT.

Outro assunto abordado pelo petista foi a criação de uma frente contra Bolsonaro, o que Lula critica por não defender o impeachment.

"Muita gente que defende a criação de uma "frente" não defende o impeachment. Não defende a mudança do governo, da política econômica. Ora, frente contra o que, então? O ideal seria uma frente para tirar o Bolsonaro e o Mourão e fazer novas eleições", analisou.

Mais cedo, Lula provocou o ex-juiz Sergio Moro ao desafiá-lo para um debate. "Eu tô provocando o [Sergio] Moro e o [procurador da República Deltan] Dallagnol para debater comigo, ao vivo. Se a Globo quiser fazer, eu topo. Porque é preciso desmascarar esses canalhas e mostrar o que eles fizeram ao país", escreveu o ex-presidente.

Minutos depois, Moro respondeu à mensagem de Lula. "Vou atualizar meu Twitter de 09/11/2019: Não debato com condenados por corrupção presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas", disse.

Moro foi o juiz responsável pela sentença em primeira instância que mais tarde, também confirmada e com pena elevada pelo TRF-4, levou Lula à prisão entre abril de 2018 e novembro de 2019 pelo caso do tríplex no Guarujá (SP).

A condenação do ex-presidente pelo caso de Atibaia aconteceu quando o ex-juiz já havia deixado o cargo em Curitiba para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo de Bolsonaro.

Em maio, o TRF-4 manteve a condenação do ex-presidente no caso do sítio de Atibaia (SP). O petista foi condenado a 17 anos de prisão, sentença mantida por unanimidade pela 8ª Turma do tribunal que revisa os processos da Operação Lava Jato.