Atos pelo país miram Congresso, hospitais, polícia e governo Bolsonaro
Atos em diferentes cidades do país refletiram o acirramento das posições políticas e a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Em Brasília, o governo do Distrito Federal desmontou na manhã de hoje um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) localizado na região da Esplanada dos Ministérios.
A medida levou a ativista do movimento 300 do Brasil, Sara Winter, a pedir uma "reação" do próprio presidente da República.
À tarde, liderados pela ativista, um grupo de 20 pessoas rompeu a área cercada no entorno do Congresso Nacional e invadiu a laje do prédio e a Polícia Legislativa foi acionada para remover o grupo do local.
A região central de Brasília também foi palco na manhã de hoje de um protesto contrário ao governo Bolsonaro, em número visivelmente menor que o registrado no último final de semana. A Polícia Militar do DF não divulgou uma estimativa do número de participantes.
Covid-19 e violência policial
Em São Paulo, um ato lembrou as mortes provocadas pela pandemia e pela violência policial, protestando também contra o racismo e a ditadura militar de 1964.
Os manifestantes portavam fotos de mortos pelo coronavírus, por ações policiais e pela ditadura militar e ocuparam um trecho da Avenida Paulista em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo).
O grupo chegou a ficar de joelhos erguendo os punhos cerrados, gesto repetido nos protestos que tomaram os Estados Unidos após a morte de George Floyd, homem negro morto asfixiado por um policial branco na cidade de Mineápolis.
Pressão sobre hospitais
Dois dias após Bolsonaro estimular a população a invadir hospitais para filmar a ocupação dos leitos dedicados aos pacientes da covid-19, voltaram a ser registrados atos de apoio à fala do presidente.
Em Fortaleza, três vereadores ligados ao presidente foram barrados ontem ao tentarem entrar para filmar a parte interna do hospital de campanha montado no estádio Presidente Vargas, na capital cearense.
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