Ato pró-Bolsonaro tem orações e coleta de apoio para o Aliança pelo Brasil

Um ato de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro percorreu a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã de hoje em direção ao gramado em frente ao Congresso Nacional

Organizado por entidades conservadoras e religiosas, o ato teve orações pelo presidente, críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e coleta de assinaturas para a fundação do partido Aliança pelo Brasil, que Bolsonaro tenta criar após ter deixado o PSL, pelo qual foi eleito presidente.

O Aliança não conseguiu o apoio necessário a tempo de disputar as eleições municipais deste ano, e o partido agora tenta se viabilizar para as eleições nacionais de 2022.

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Apesar de a maioria das pessoas estarem de máscara, muitos deixaram de usar o equipamento de proteção contra a transmissão do coronavírus.

No trio elétrio que acompanhou a manifestação, uma faixa pedia "Democracia sim! Ditadura não". Atos anteriores de apoio ao presidente foram marcados pela defesa de ações antidemocráticas, como a imposição de uma intervenção militar sobre os outros poderes.

Neste domingo a reportagem não presenciou cartazes ou pedidos semelhantes. Mas o tom contrário ao STF estava presente nas faixas de "Supremo é o povo" e num grupo que cantava uma música crítica ao ministro Alexandre de Moraes rimando o sobrenome do ministro com a palavra "imoral".

Moraes é o relator do chamado inquérito das fake news, que apura suspeitas da existência de uma rede de disseminação de ameaças e difamação contra os ministros do Supremo. Recentemente empresários, blogueiros e ativistas aliados a Bolsonaro entraram na mira das investigações.

Segurando bandeiras do Brasil, faixas e vestindo camisetas de apoio ao presidente, o protesto colocou cruzes de madeira em frente ao Congresso Nacional, nos mastros onde ficam as bandeiras dos estados brasileiros.

Diferentemente de outros domingos, Bolsonaro não foi até o encontro dos manifestantes cumprimentá-los. No último dia 7, o presidente anunciou ter testado positivo para o coronavírus e desde então tem permanecido no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

A Polícia Militar do Distrito Federal bloqueou as vias de acesso à Praça dos Três Poderes, onde estão os prédios do Congresso, do Planalto e do STF, e o grupo teve que ficar um pouco acima na Esplanada, no gramado entre os prédios do Ministério da Justiça e do Itamaraty.