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Mourão vê 'hipocrisia' em impasse sobre volta às aulas: 'Vão para a balada'

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou sobre decisão do Ministério da Educação - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou sobre decisão do Ministério da Educação Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

03/12/2020 11h11Atualizada em 03/12/2020 13h51

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), comentou hoje o impasse no retorno às aulas presenciais durante a pandemia do coronavírus. Ele afirmou enxergar uma dose de hipocrisia por parte de muitos que defendem a continuidade da paralisação.

"Acho que há uma certa hipocrisia nisso aí. A mesma turma que não quer voltar vai para a balada, vai para bar... Então, vamos ser coerentes nas coisas. Se não pode, não pode para tudo", disse o general na portaria de seu gabinete no Palácio do Planalto.

A fala de Mourão se dá um dia após o MEC (Ministério da Educação) publicar uma portaria que determina o regresso às aulas presenciais em universidades federais a partir de 4 de janeiro de 2021.

A medida ressalta, no entanto, que estados ou cidades podem suspender as atividades presenciais. Alguns reitores de universidades federais não gostaram da decisão e fizeram críticas ao MEC. Isso porque o retorno foi selado em um momento no qual o número de mortes decorrentes do coronavírus está voltando a crescer no país em ao menos sete estados.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 669 novas mortes. Ao todo, são 174.531 vidas perdidas para a covid-19, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa ao qual o UOL faz parte.

Desde março, quando a pandemia começou, as aulas presenciais do ensino básico ao superior foram suspensas, obrigando as instituições a adotarem o ensino virtual.

"Protocolo de biossegurança"

O MEC determinou que, para retomar as atividades presenciais, as faculdades deverão adotar um "protocolo de biossegurança", definido na portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do coronavírus.

O documento MEC estabelece ainda a adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser "utilizados de forma complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas". Casos cidade ou estados mantenham suspensas as aulas presenciais, o MEC diz que elas devem ser ministradas de forma digital.