'Não há espaço para disputas políticas', diz ministro sobre vacinas
O ministro Gilmar Mendes do STF (Supremo Tribunal Federal) defendeu hoje que as vacinas envolvam debates técnicos, não políticos. Nas redes sociais, ele escreveu que "o momento exige grandeza".
Na corrida pela primeira vacina contra a covid-19 no Brasil, o governo federal afirma que a vacinação será feita por meio do Programa Nacional de Imunizações com vacinas registradas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas alguns estados e municípios já correm atrás de comprar imunizantes mesmo sem a aprovação da agência reguladora.
O governo estadual de São Paulo, inclusive, divulgou um plano de vacinação e fala em data de início para a aplicação da CoronaVac: 25 de janeiro, mesmo sem a aprovação da Anvisa. O caso ainda é visto com dúvidas entre infectologistas e juristas.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vem trocando farpas. Anteontem (7), o tucano discursou a "todos os brasileiros" e fez críticas contra a gestão federal.
"Triste o Brasil que tem um presidente que não tem compaixão pelos brasileiros, que abandonou o Brasil e os brasileiros", declarou Doria. "Não estamos fazendo negacionismo nem protelando o que pode ser feito de imediato."
O governo Bolsonaro foi criticado pela demora na apresentação de um plano de vacinação contra a covid-19. Agora, médicos e especialistas em saúde pública ouvidos pelo UOL apontam uma série de buracos e questões logísticas.
Do lado do Planalto, o presidente tem usado a vacina para atacar o governador. Em outubro, o presidente desautorizou publicamente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia anunciado a intenção de compra da CoronaVac, a qual chamou de "vacina chinesa de João Doria".
Hoje, o Brasil registrou a marca de 179.032 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 54.203 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o total de casos da doença subiu para 6.730.118.
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