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Governo exclui presos das prioridades para vacinação contra a covid-19

População carcerária integrava a fase 4, depois de profissionais de saúde, idosos e professores - WIN-Initiative/Neleman/Getty Images
População carcerária integrava a fase 4, depois de profissionais de saúde, idosos e professores Imagem: WIN-Initiative/Neleman/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

09/12/2020 18h03Atualizada em 09/12/2020 18h08

O Ministério da Saúde excluiu a população carcerária dos grupos prioritários previstos no plano preliminar para a vacinação contra a covid-19 no país. Os presos integravam a fase 4, depois de profissionais de saúde, idosos e professores, mas já não aparecem na lista divulgada hoje pela pasta.

O cronograma completo deve ser apresentado "em breve" à população, segundo o governo federal. O documento, recebido hoje pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, ainda passará por uma revisão técnica final antes de ser enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Na fase 1, estão inclusos profissionais da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em asilos e instituições psiquiátricas e indígenas. Já a segunda abrange pessoas de 60 a 74 anos.

Aqueles com comorbidades, como diabetes, cardiopatias e doenças renais crônicas, que representam maior risco de agravamento da doença, serão vacinados na fase 3. A quarta e última fase, que antes incluía os presos, agora prioriza professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema carcerário.

Esse plano, contudo, ainda não é a versão final. Segundo Arnaldo de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, a definição dos grupos ou das fases em que acontecerá a vacinação está em constante mudança, "porque vai depender do quantitativo de doses que efetivamente teremos para um determinado tempo".

Chance de vacinação em 2020 é remota

Pela manhã, o ministro Eduardo Pazuello disse à CNN Brasil que a vacinação emergencial contra a covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, com doses da vacina da Pfizer/BioNTech. O general, no entanto, elencou uma série de condições para que isso aconteça — todas elas, neste momento, bastante improváveis, o que torna remota a possibilidade de imunização ainda em 2020.

Se a Pfizer conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial. Eduardo Pazuello, ministro da Saúde

A data prevista para o início da imunização — entre final de dezembro e janeiro — é a terceira diferente sugerida em duas semanas.

Ontem, o ministro falou que o início de uma campanha nacional de vacinação estava previsto para o final de fevereiro, com doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.

Na semana passada, porém, a expectativa era de que o plano começasse em março, embora o governo não tivesse oficializado uma data.