Antes de ser internado, Olimpio participou de ato contra lockdown em Bauru

Em meados de fevereiro, o senador Major Olimpio (PSL-SP), que morreu hoje em decorrência da covid-19, participou de um ato contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a imposição de um lockdown para conter a pandemia em Bauru (SP).

Olimpio participou da manifestação, que contou com apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região, ao lado da prefeita do município do interior paulista, Suéllen Rosim (Patriota), e do dono das lojas Havan, Luciano Hang.

Relacionadas

Pacheco relata senadores em prantos e pede 'pacto nacional' contra covid

Internado com covid, assessor de Major Olimpio tem pulmão comprometido

Doria, Moro e políticos de todo o Brasil lamentam morte de Major Olimpio

Na época, Rosim e João Doria emendavam críticas públicas. Dias antes do protesto, o tucano havia acusado a prefeita de "vassalagem" por sua ligação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua postura contra as medidas de restrições para conter a pandemia.

No trio elétrico em que Major Olimpio, a prefeita e o empresário discursaram, uma faixa com a frase "fora Dória" (o sobrenome do governador não possui acento) foi pendurada.

Na época, a região de Bauru, que havia sido colocada na fase vermelha do Plano São Paulo, registrava a maior taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de SP: 93% — acima da média do estado, que era de 66%.

Morte de Major Olimpio

Olimpio morreu hoje no Hospital São Camilo, em São Paulo. Diagnosticado com covid-19 no início de março, o senador estava internado há cerca de duas semanas.

Antes de Major Olimpio, os senadores Arolde de Oliveira (PSD-RJ), 83, em outubro de 2020, e José Maranhão (MDB-PB), 87, no início de fevereiro, morreram em decorrência do vírus.

Apresentando grave comprometimento dos pulmões, embora venha mostrando melhora, o assessor de imprensa de Major Olimpio está internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em São Paulo.

Agora, com a morte de Olimpio, quem deve assumir o posto vago de senador por São Paulo é o empresário Alexandre Luiz Giordano (PSL-SP), 48, que, em 2019, foi citado em uma crise que envolveu os governos do Brasil e do Paraguai.