Em 1º pronunciamento, Cláudio Castro diz que Rio ainda é a 'Geni do Brasil'
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), disse hoje que o estado é visto com desconfiança e considerado a "Geni" do Brasil". A declaração é o primeiro pronunciamento feito por ele desde que assumiu o Executivo fluminense, neste sábado, após o impeachment de Wilson Witzel ser aprovado ontem.
Pela manhã, Castro tomou posse como governador na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). "O nosso estado infelizmente ainda é a Geni do Brasil. Ainda é um estado visto com desconfiança", disse Castro, em solenidade no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
No discurso, que durou cerca de meia hora, Castro repetiu diversas vezes que o Rio precisa de "diálogo", se referindo à política fluminense.
O governador deste estado não é maior do que nenhum prefeito, do que nenhum deputado, do que nenhum vereador ou do que ninguém da sociedade civil. Estamos juntos nessa batalha. O nosso inimigo não é o outro
Cláudio Castro
No pronunciamento, Castro também fez um aceno aos deputados estaduais. Nos últimos dias, o então governador em exercício travou uma batalha com o Parlamento fluminense por causa do leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos).
"Peço aos nobres deputados estaduais. Tivemos uma semana muito difícil e teremos outras. Não podemos achar que qualquer divergência de pensamento é de forma alguma possível de rompimentos. Discordaremos sim e discordaremos muito, mas também convergeremos muito", defendeu.
Regime de Recuperação Fiscal
Castro também disse por várias vezes que fará um governo austero. Em crise, o Rio de Janeiro está tentando entrar no novo RRF (Regime de Recuperação Fiscal) do governo federal. Caso isso aconteça, o estado terá 10 anos para pagar dívidas com a União, ao invés dos atuais três.
Ontem, no leilão da Cedae, ficou demonstrado que podemos dar a volta por cima. Mais de 100% de ágil é a prova de que estamos no caminho correto
Cláudio Castro
A concessão da Cedae é um dos pontos cobrados pelo governo federal para que o Rio de Janeiro entre no novo Regime de Recuperação Fiscal, publicado no DOU (Diário Oficial da União) do último dia 20.
Com o leilão de ontem, o estado arrecadou R$ 22,7 bilhões. O valor ficou 133% acima do mínimo esperado, em média, que era de R$ 10,6 bilhões.
Nove meses como interino
Castro assumiu o governo do Rio de Janeiro um dia após o impeachment de Wilson Witzel (PSC) ser aprovado no TEM (Tribunal Especial Misto) formado por desembargadores do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio) e deputados estaduais. O ex-juiz federal foi condenado por crime de responsabilidade por compras e renovações de contratos durante a gestão da pandemia.
O agora governador estava interinamente no comando do estado desde o dia 28 de agosto de 2020, quando Witzel foi afastado do cargo por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) no âmbito da Operação Tris in Idem. Castro também é investigado por corrupção.
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