Até último momento acreditou na vida, diz Nunes na missa de 7º dia de Covas

A missa do sétimo dia do ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas ocorreu no início da tarde de hoje na Catedral da Sé, Arquidiocese localizada no centro da capital paulista. Durante a celebração, o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), declarou que a maior lição deixada por Covas foi acreditar na vida "até o último momento".

Bruno, sem perder a fé em nenhum momento, sem reclamar, nos trouxe um exemplo maravilhoso, demonstrando que é importante sempre ter a fé, sempre ter a esperança, e até o último momento acreditando na vida
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo

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O evento contou com a presença do governador João Doria (PSDB), da primeira-dama Bia Doria, do atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes e de outras personalidades políticas, como o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Familiares, amigos e o filho do ex-prefeito também acompanharam presencialmente a celebração.

Durante a missa, o tio de Bruno Covas, vereador Mario Covas Neto (Podemos), relembrou a trajetória política do ex-gestor, afirmando que os seus princípios honram a trajetória política da família.

Ano passado ele participou de um processo eleitoral difícil e conseguiu ser vitorioso, resgatando o que meu pai desejava lá atrás, sendo o segundo prefeito mais jovem da cidade. Esse legado, o legado que meu pai deixou, legado político importante, que nos dá só orgulho, Burno fez isso com brilhantismo
Mario Covas Neto

A transmissão da missa eucarística pelo sétimo dia do falecimento de Bruno Covas foi feita pelas redes sociais da Arquidiocese de São Paulo e foi presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer.

Jovem, ainda, ele realizou muitas coisas boas, com grandes idealismos e tinha muitos ideais a frente. Porém sua vida foi interrompida, mas o que ele realizou até aqui foi considerável e diante de deus tem seu mérito. Estamos pedindo a Deus que olhe por tudo aquilo que Bruno fez em sua vida pessoal, publica e que acolha isso misericordiosamente e conceda a Burno a participação na vida eterna, segundo nossa fé
Cardeal Odilo Pedro Scherer

O diretório municipal do PSDB organizou missas de sétimo dia em 60 endereços diferentes de igrejas católicas, espalhadas pela capital paulista, como forma de homenagear Covas.

O ex-prefeito de São Paulo morreu no domingo (16), aos 41 anos, após complicações de um tumor na cárdia. Covas estava em tratamento contra o câncer que surgiu entre o esôfago e o estômago.

O falecimento do gestor municipal de São Paulo ocorreu às 8h20 e foi confirmado em nota pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Covas ficou internado. O comunicado informou que Covas morreu "em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento".

O corpo de Covas foi velado no Edifício Matarazzo, sede da prefeitura e apenas familiares e amigos próximos do gestor participaram da cerimônia com o intuito de evitar aglomerações na pandemia.

Um cortejo em carro aberto percorreu a região central da cidade após a cerimônia e passou por locais como o Viaduto do Chá e Rua da Consolação, até chegar na região da Avenida Paulista. Bruno Covas foi levado para a cidade natal, Santos, localizada no litoral paulista, para ser sepultado.