Após briga com militantes do PCO, PSDB diz que estará nos próximos atos
Após uma briga causada por filiados ao PCO (Partido da Causa Operária) contra a presença do PSDB nas manifestações de ontem, o presidente do diretório municipal dos tucanos em São Paulo, Fernando Alfredo, afirmou que o partido continuará presente nos próximos atos.
Foi a primeira vez que os tucanos se juntaram às siglas de esquerda, inclusive ao PT, rival histórico, para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas ruas.
Mas os membros do PCO não aprovaram a iniciativa. Durante a passeata, membros do MSTC (Movimento dos Sem-Teto do Centro) e outras entidades impediram o avanço dos militantes do Partido da Causa Operária em direção aos tucanos e foram agredidos.
Os próprios manifestantes presentes apartaram as trocas de socos e chutes entre os filiados, e o PSDB seguiu participando da manifestação normalmente. O UOL presenciou o momento.
Questionado, Alfredo negou que o episódio abalou o partido. "Não abalou, só nos motivou mais. Nos próximos atos estaremos lá", disse à reportagem.
"Reação natural", diz PCO
Fernando Alfredo foi procurado pelo UOL para comentar as declarações do presidente do diretório estadual do PCO (Partido da Causa Operária) em São Paulo, Antonio Carlos Silva, que afirmou que a atitude de seus colegas de partido foi "uma reação" e "algo natural".
À reportagem, Antonio Carlos disse que houve "uma revolta" por causa da presença de filiados do PSDB no ato.
"Fiquei sabendo que houve uma reação de militantes do PCO e também de companheiros do PT contra a presença de um grupo de cabos eleitorais e mercenários do PSDB que, inclusive, empunhava faixas eleitorais de campanha de Covas e Nunes e bandeiras do PSDB", afirmou.
Antonio Carlos disse que é "algo natural a revolta dos jovens professores e outros trabalhadores cansados de apanhar do governo Doria e da sua PM [Polícia Militar]".
Fernando Alfredo respondeu que "não vamos nos rebaixar a esse nível" e que "não vale a pena" contestar as afirmações de Antonio Carlos.
Junto à resposta, Alfredo encaminhou um texto oficial com pedindo união. "Estamos juntos para construir um Brasil melhor, sem desigualdades e combater a pobreza, em defesa da vida e da democracia", diz o comunicado.
Doria diz repudiar violência
No Twitter, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), repudiou "minorias que usam agressões para tentar impor suas ideias" e se solidarizou aos militantes tucanos.
Confusão no final do ato
Um grupo de pessoas entrou em confronto contra seguranças da concessionária ViaQuatro, que administra a linha amarela do metrô de São Paulo, enquanto a maioria dos manifestantes dispersava do ato.
Ao longo da rua da Consolação, eles também fizeram barricadas com fogo em entulhos e lixos espalhados pela via. Parte do grupo invadiu a recepção da Universidade Mackenzie, quebrou máquinas e objetos e as vidraças da entrada do local.
"A sede do Instituto Presbiteriano Mackenzie - IPM, à Rua da Consolação, na Capital paulista, foi alvo de atos de vandalismo e saques em meio às manifestações ocorridas no dia de ontem na região central da cidade", disse a instituição em nota enviada ao UOL.
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