'Bolsonaro levou o país a temer o 7 de setembro', diz Josias
O feriado de 7 de setembro recebeu um tom de insegurança este ano por protestos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados e pela instabilidade política no Brasil. O colunista Josias de Souza disse que o país parece um "manicômio".
"O presidente levou o país a temer o 7 de setembro. Ninguém extrapolou mais do que ele, é cômico até. Quem acompanha de longe parece que o Brasil é um hospício dirigido pelos loucos", falou ao UOL News.
Para o jornalista, o tom de líderes de instituições, como o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Senado, tem ficado na obviedade. "Esse tipo de declaração é tão banal quanto dizer que o ser humano respira o ar. Todo mundo sabe que democracia sem Constituição não existe. Mas as autoridades brasileiras enveredaram para essa conversa de malucos, porque o país não está em paz e começaram a temer o 7 de setembro, como se fosse a antessala do juízo final", opinou.
Após falar em guerra, Bolsonaro disse em live com "timbre meio irônico que o país está em paz". No entanto, Josias afirmou que o brasileiro "pode desejar o apocalipse, porque a alternativa é acordar no dia 8 com o bolso vazio, geladeira vazia e um presidente capaz de tudo menos de presidir".
Segundo o colunista, o mandante federal "se oferece para defender democracia que ele mesmo ameaça" e afirmou que é difícil criticar a política atualmente.
Há sim um quê de religião e dogma não só no bolsonarismo, como no petismo. Estamos rendidos às duas seitas e elas não permitem o brasileiro enxergar além disso. Enxergam Bolsonaro e Lula como deuses na Terra e não se pode questionar, é como atacar dogma de uma religião".
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