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Caminhoneiros começam a deixar Esplanada; bloqueios continuam em 3 estados

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

10/09/2021 11h58Atualizada em 10/09/2021 13h48

O movimento de caminhoneiros que bloqueou estradas pelo Brasil continua se dispersando hoje. A maioria dos manifestantes que se encontrava na Esplanada dos Ministérios, no centro da capital federal, já foi retirada pelas autoridades locais que, desde o fim das manifestações do Dia da Independência, negociavam a liberação das vias que dão na Praça dos Três Poderes.

Os últimos manifestações presentes no local também estão desmontando as barracas e as tendas que foram montadas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos dias anteriores ao evento.

Mais cedo, o Ministério da Infraestrutura informou, em boletim divulgado por volta das 8h30, que não havia pontos de interdição total de faixas nas rodovias federais pela manhã.

De acordo com o boletim, três estados seguem com pontos de concentração com abordagem a caminhoneiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia. Em Mato Grosso e Pará foram identificadas aglomerações sem prejuízo ao livre fluxo de veículos.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o número de ocorrências em rodovias federais caiu 45% desde a noite de ontem. Estados que tinham registrado concentração de caminhoneiros, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Paraná têm fluxo livre nas rodovias, segundo o boletim.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, três pontos de bloqueio de caminhoneiros permanecem ativos no estado. Não há informações sobre os locais de bloqueio no Rio Grande do Sul e Rondônia.

Os protestos começaram a perder força ao longo do dia de ontem, principalmente após o próprio Bolsonaro gravar uma mensagem pedindo para que os caminhoneiros liberassem o fluxo das estradas, apesar de os bloqueios terem sido organizados em seu apoio.

Ontem, o presidente decidiu recuar das declarações feitas a apoiadores no 7 de setembro, quando atacou, em especial, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Após um almoço com o ex-presidente Michel Temer (MDB) no Palácio do Planalto, Bolsonaro ligou para o ministro Alexandre de Moraes e emitiu uma "declaração à nação", onde recua dos ataques contra as instituições democráticas.

Acompanham a desocupação na Esplanada a PMDF (Polícia Militar do DF), a PCDF (Polícia Civil do DF) e a Secretaria de Segurança Pública do DF.