Cidadania confirma Alessandro Vieira como pré-candidato à presidência
Suplente na CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (SE) foi oficializado hoje pelo Cidadania como pré-candidato à presidência nas eleições de 2022. O parlamentar, líder de seu partido no Senado, havia enviado sua pré-candidatura em 29 de agosto, na tentativa de se apresentar como uma alternativa — ou "terceira via" — ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Alessandro representa o pensamento do campo democrático à polarização existente entre Bolsonaro e Lula. É um sistema que não pode continuar pelo retrocesso e atraso que significam. É um senador que tem boa presença, com muito engajamento nas redes, uma postura de extrema competência e reconhecida pela opinião pública", justificou o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, após o anúncio.
Durante a oficialização, Vieira negou que seja um "salvador da pátria", reforçando que a pré-candidatura é uma forma de fortalecer a construção de alternativas a Bolsonaro e Lula — ainda que, para tanto, seja necessário apoiar um outro nome no futuro.
Bolsonaro é desqualificado, vai estar permanentemente tentando contra a democracia. Não sou salvador da pátria, não acredito nisso. E esse é um partido sério, não vai sair vendendo ilusões. Que a compreensão seja a de que, se outro nome se mostrar mais viável, estarei ao lado, ajudando a fazer essa construção.
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), senador
A iniciativa também recebeu o apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não integra a CPI da Covid, mas participa ativamente dos trabalhos da comissão, frequentemente inscrevendo-se para fazer perguntas aos depoentes.
"É uma pré-candidatura que agrada muito ao partido. Precisamos atuar dentro da perspectiva do cenário político que estamos vivendo hoje. Temos um desafio grande, que é ter outra alternativa para furar esse bloqueio e chegar ao segundo turno", avaliou.
Quem é Alessandro Vieira
Natural de Passo Fundo (RS), Alessandro Vieira tem 46 anos, é delegado da Polícia Civil de Sergipe e novato na política. Foi o candidato a senador mais votado em seu estado em 2018, tendo recebido 474.449 votos, segundo registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No segundo turno das eleições presidenciais daquele ano, discordou da posição de seu então partido, o Rede Sustentabilidade — que sugeria "nenhum voto em Jair Bolsonaro" —, e declarou apoio ao atual presidente, apesar de criticá-lo. Ainda em 2018, migrou para o PPS — agora chamado de Cidadania —, onde está até hoje.
Em seu primeiro ano de mandato como senador, Vieira votou contra o primeiro decreto de Bolsonaro que facilitava o porte de armas, em junho de 2019, e a favor da reforma da Previdência, posteriormente promulgada em novembro daquele ano. Em 2020, também votou contra o veto de Bolsonaro que congelava salários de servidores na pandemia e a favor do projeto para combater desinformação nas redes sociais ("PL das fake news").
Já nas eleições para a presidência do Senado, em 2021, apoiou Simone Tebet (MDB-MS), derrotada por Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
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