Anvisa diz que isolamento adotado por Bolsonaro está previsto em protocolo
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou ontem que o isolamento de cinco dias que será adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está de acordo com as normas.
O chefe do Executivo teve que cancelar compromissos e se isolar, por recomendação da agência, após o diagnóstico de covid-19 do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante viagem a Nova York, nos Estados Unidos A comitiva foi para os EUA para participar da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Em comunicado divulgado em seu site, a agência explicou que, embora tenha recomendado quarentena de 14 dias a todos os membros da comitiva do presidente, uma nota técnica que trata sobre o tema prevê que um exame de RT-PCR, RT-LAMP ou teste rápido de antígeno pode se realizado a partir do quinto dia do último contato com o caso confirmado e, se o resultado for negativo, o isolamento pode ser interrompido, mediante atestado médico.
O monitoramento dos sinais, no entanto, deverá ser realizado até o 14º dia.
Nesse sentido, de acordo com a recomendação previamente enviada pela agência quanto à nova testagem em solo brasileiro, ressalta-se que o guia do Ministério da Saúde disciplina que, dentre as estratégias de isolamento e monitoramento de contatos, é possível a realização de exame laboratorial para detecção do vírus Sars-CoV-2 no período mínimo de cinco dias após o último encontro com o caso suspeito e/ou confirmado de covid-19 Trecho de nota da Anvisa
Segundo a agência, a recomendação se deve ao fato de que, em geral, a maior parte das pessoas tem período de incubação viral médico de cinco a seis dias.
Ainda na manhã de ontem, a Anvisa participou de reunião com a Casa Civil da Presidência da República para esclarecer a posição da agência sobre o isolamento de pessoas que tiveram contato com um caso confirmado de covid-19.
Na ocasião, foi informado que, quando se trata das medidas de quarentena e isolamento, a agência adota como referência normativa uma portaria editada pelo Ministério da Saúde em março de 2020 e, de forma complementar, segue orientações técnicas previstas no Guia de Vigilância Epidemiológica para Covid-19 publicado pela pasta.
Após a reunião, a agência foi instada a se manifestar quanto à recomendação do Ministério da Saúde que consta em norma técnica sobre o período de isolamento após a realização do teste.
A agência confirmou que a medida respeita as regras, destacando a necessidade de monitoramento por 14 dias mesmo após teste negativo.
A Anvisa ressaltou ainda a importância de que os contatos sigam as medidas não farmacológicas de distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfecção de ambientes.
"Portanto, a partir do guia anteriormente mencionado, infere-se que há a possibilidade de encerramento antecipado do isolamento de contactantes assintomáticos, mediante resultado negativo de teste para Covid-19 realizado entre o 5° e o 6° dia do último contato com o caso confirmado. Contudo, cabe ressaltar que, mesmo com o encerramento do isolamento, o monitoramento pelas autoridades locais de saúde deve ser mantido até o 14° dia", acrescentou o comunicado da agência.
Diplomata também testou positivo para covid
Queiroga foi o segundo integrante da comitiva brasileira a se contaminar pelo coronavírus. Foi divulgado que um diplomata, que organizou os preparativos para a viagem presidencial, também testou positivo.
No total, 50 pessoas que viajaram com o mandatário para Nova York deverão ficar pelo prazo mínimo de cinco dias úteis em confinamento.
Já o chefe da Saúde brasileira ficará nos Estados Unidos até testar negativo para a covid-19.
Na tarde de ontem, o secretário de comunicação do Planalto, André Costa, disse que Bolsonaro encontra-se em isolamento no Palácio da Alvorada e está assintomático. O teste deve ser realizado no fim de semana — sábado ou domingo, nas palavras do secretário de comunicação.
O adoecimento de Queiroga entra para a montanha-russa de acontecimentos durante a passagem de Bolsonaro e sua comitiva em Nova York, que envolvem fazer refeições na rua pela falta de vacinação do presidente e provocações de outros líderes mundiais, além do episódio em que o ministro da Saúde fez gestos obscenos para manifestantes que protestavam contra o presidente.
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