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Após posse no STF, Mendonça diz defender democracia e liberdade de imprensa

Do UOL, em Brasília

16/12/2021 18h04Atualizada em 16/12/2021 19h24

Em fala a jornalistas após ser empossado no STF (Supremo Tribunal Federal), hoje à tarde, o agora ministro André Mendonça, 48, fez compromissos de defender a democracia, a Constituição e também a liberdade de imprensa.

O novo ministro, o segundo indicado à Corte pelo presidente Jair Bolsonaro — Kassio Nunes Marques foi o primeiro —, afirmou que espera ser capaz de, no cargo, ajudar a consolidar "garantias e direitos que já estão estabelecidos e que vierem a ser estabelecidos no texto da nossa Constituição".

O primeiro compromisso que queria dizer a todos, reiterar, na verdade, com a democracia, com os valores da nossa Constituição, em especial com a Justiça. A Justiça enquanto valor ideal que todos buscamos"
André Mendonça, ministro do STF

Mendonça disse também reconhecer a importância da imprensa para o país e a democracia. "Contem também sempre com meu respeito e minha defesa irrestrita da liberdade e das prerrogativas do livre exercício dos jornalistas e da imprensa".

Com presença do presidente Bolsonaro, Mendonça tomou posse nesta quinta-feira, último dia antes do recesso do Judiciário. O novo ministro teve uma cerimônia rápida, de 13 minutos, e não fez discurso. Entre os demais ministros da Corte, apenas dois não compareceram: Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

Mendonça, que estava acompanhado da esposa e dos dois filhos, comemora a nomeação em um culto evangélico, que começou por volta das 18h50 em Brasília. Além de Bolsonaro, estiveram na posse o vice-presidente, Hamilton Mourão, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, além de outras autoridades.

Demora

Mendonça chega ao STF cinco meses após ter sido indicado para o cargo por Bolsonaro. Devido à demora no agendamento da sabatina no Senado, que aprovou o nome de Mendonça por uma margem estreita, o Supremo passou todo o semestre desfalcado de um integrante.

Para participar da posse de Mendonça, Bolsonaro enviou ao STF um teste negativo para covid-19. Como afirma não ter se vacinado e mantém o cartão de vacinação sob sigilo, o presidente precisou fazer um exame para poder entrar no prédio do tribunal.

Pastor presbiteriano, Mendonça foi indicado por Bolsonaro como um nome "terrivelmente evangélico" para o STF. Durante a sabatina no Senado que resultou em sua aprovação para a vaga, no início de dezembro, ele defendeu o Estado laico e garantiu que manterá a religião afastada de seu trabalho no Supremo.