PT anuncia nome ao Senado no RJ e se aproxima de apoio a Freixo
O PT bateu o martelo e não lançará candidato próprio ao governo do estado do Rio de Janeiro. O objetivo do partido é concentrar os votos de centro-esquerda na candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e aumentar o apoio em torno de Lula na campanha à Presidência da República.
Cotado para a disputa ao governo do Rio pelo PT, André Ceciliano, presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), confirmou hoje que é pré-candidato ao Senado e indicou que a disputa pela cabeça de chapa da centro-esquerda terminou. Ainda está em aberto se o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), irá apoiar Freixo ou um candidato do próprio PSD ou do PDT.
A ala do PT fluminense que tentou dar tração ao nome de Ceciliano ao Palácio Guanabara é composta pelo presidente estadual e vice-presidente nacional do partido, mas foi voto vencido diante da importância de garantir Haddad em São Paulo.
Interlocutores afirmam que o caminho deve ser o mesmo em Pernambuco e no Rio Grande do Sul: o PT abrir mão da cabeça de chapa para que Márcio França (PSB) desista da candidatura.
Em entrevista na última semana, Lula afirmou que mantém afinidade com o PSB e disse que o partido tem "direito" de fazer indicações ao governo de Pernambuco.
"O PT mantém sua afinidade com PSB. O PSB tem o direito de lançar candidato em Pernambuco, é o estado onde a direção é mais forte. Desta vez, tem duas pessoas como candidatas [petistas] em potencial, Humberto Costa [senador] e Marília Arraes [deputada federal]. Embora o PSB tenha o direito de indicar, não pode tratar o PT de forma pequena", afirmou.
PSB ainda tem nome para o Senado e pode estender embate
Para derrotar Cláudio Castro (PL), atual governador do Rio após o impeachment de Wilson Witzel, Freixo pretende reunir em torno da sua candidatura tantos nomes quanto possível da centro-esquerda.
A candidatura ao governo parece ser a prioridade do PSB no Rio, por isso o PT se vê confortável em lançar o nome de Ceciliano. Mas, até agora, o partido do Freixo não sinalizou que irá retirar a pré-candidatura do deputado federal Alessandro Molon ao Senado.
A ideia de não ter um candidato de cada partido concorrendo ao mesmo cargo majoritário é para evitar a divisão de votos na esquerda. No governo, o PSB já conseguiu voar sozinho. Agora, no Senado, a disputa segue. A mesma ala que tentou emplacar Ceciliano no Guanabara avalia que o apoio à campanha de Freixo pode ser abalado caso Molon insista na candidatura.
"Estamos fazendo um gesto político para acelerar o apoio a Lula. O PSB do Rio tem que dizer qual a prioridade dele: governo ou Senado. Se mantiverem [o nome do Molon], é possível que a gente reavalie", afirmou João Maurício, presidente do PT-RJ.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Carlos Siqueira, presidente do PSB, disse que quer apoiar Lula, mas uma "visão exclusivista" do PT prejudica as negociações. Para Siqueira, o PT precisa escolher direcionar esforços para a disputa por governos estaduais ou para a presidência da República.
Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas. Porque, afinal de contas, serão elas todas palanques do presidente Lula por todo o país", completou
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