Caso Genivaldo: PSB quer proibir que ex-diretores da PRF deixem país
O deputado Bira do Pindaré, líder do PSB na Câmara, enviou hoje um pedido à Procuradoria da República em Sergipe para que Jean Coelho, ex-diretor Executivo da PRF (Polícia Rodoviária Federal), e Allan da Mota Rebello, ex-diretor de Inteligência da PRF, sejam proibidos de deixar o Brasil enquanto a investigação da morte de Genivaldo de Jesus Santos não for concluída.
O pedido vem após Coelho e Rebello terem sido dispensados para assumirem vagas ligadas à PRF no Colégio Interamericano de Defesa, nos Estados Unidos. Segundo o UOL apurou com auxiliares da Casa Civil, a dispensa dos dois servidores já estava prevista e não teria, em tese, qualquer relação com o episódio em Sergipe, no qual três policiais são considerados suspeitos.
"Os fatos podem apontar para práticas institucionais ainda mais graves, ou seja, a padronização de condutas de tortura por parte da corporação [...] Embora os agentes diretamente envolvidos já estejam sendo investigados, ainda que em liberdade, não se pode ignorar a eventual responsabilidade de seus dirigentes", escreveu o deputado na representação.
Genivaldo, de 38 anos, morreu por asfixia em uma ação policial na semana passada em Umbaúba, litoral sul de Sergipe. Policiais rodoviários federais prenderam o homem no porta-malas da viatura e jogaram uma bomba de gás.
"Não se trata de um crime comum, mas sim de um crime que evidencia a tortura como política institucional", falou Bira.
ONU considera caso "preocupante"
O representante do escritório da ONU (Organização das Nações Unidas) de Direitos Humanos para a América do Sul, Jan Jarab, disse ser "preocupante" a recorrência de casos de violência envolvendo a PRF.
Em reunião com o ministro Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), Jarab disse que a entidade acompanha a situação. "Me parece preocupante a recorrência de casos de violência envolvendo a PRF", afirmou.
Na semana passada, a PRF também participou da operação policial que terminou com 23 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. A organização disse que participou da ação após receber pedido de apoio da Polícia Militar fluminense.
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