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Site e aplicativo da Câmara saem do ar durante votação de PEC dos Auxílios

Plenário da Câmara dos Deputados - Antonio Cruz/Agência Brasil
Plenário da Câmara dos Deputados Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

Isabella Cavalcante

Do UOL, em São Paulo

12/07/2022 20h46

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 15, conhecida como PEC dos Auxílios, foi aprovada na Câmara dos Deputados. A votação de hoje à noite, no entanto, não pôde ser acompanhada pelo site, canal do YouTube ou aplicativo da Casa, já que todos passavam por instabilidade e chegaram a ficar fora do ar.

Nos minutos da votação dos deputados, o canal do YouTube, que transmitiria a decisão, anunciou: "A rede de internet da Câmara passa por instabilidade no momento. A Equipe técnica já está resolvendo. Obrigada pela compreensão!".

12.jul.22 - Site da Câmara está fora do ar - Reprodução - Reprodução
12.jul.22 - Site da Câmara, assim como aplicativo e YouTube, saem do ar durante votação da PEC dos Auxílios
Imagem: Reprodução

O aplicativo, assim como o site, ficou em branco quando se tentava acessar as sessões do Plenário.

Em nota, a Câmara classificou o ocorrido como "grave": "A área técnica da Câmara dos Deputados verificou instabilidade no sistema de votação remota a partir das 19 horas. A situação se agravou rapidamente, suspendendo qualquer possibilidade de votação à distância, inclusive com a queda da rede wi-fi. Foram interrompidos simultaneamente os dois links de Internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes. Para assegurar que todos os deputados exerçam seu legítimo direito de voto, foi suspensa a sessão e determinada a investigação imediata das causas e responsabilidades da pane do sistema".

A proposta foi aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados com 393 votos a favor e 14 contrários. Na quinta-feira (7), a Casa realizou às 6h30 da manhã uma sessão de um minuto para agilizar a votação da PEC dos Auxílios.

A PEC também já passou pelo Senado. Para ser aprovada, o texto precisa de 308 votos favoráveis (três quintos dos deputados), em votação de dois turnos. Agora, os parlamentares analisam destaques (propostas) que ainda podem alterar a versão final do projeto.

A proposta é de interesse do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição este ano, e deseja recuperar a popularidade entre grupos que podem vir a se beneficiar da proposta.

O texto-base estabelece estado de emergência no Brasil para ampliar e criar novos auxílios sociais, como aumentar o valor dos benefícios Auxílio Brasil e vale-gás, além de criar voucher de R$ 1.000 para caminhoneiros. O custo do pacote, que ficará fora do teto de gastos, chega a R$ 41,2 bilhões e valerá até 31 de dezembro deste ano.