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Ato do Exército no 7 de Setembro não terá desfile, informa Eduardo Paes

7.set.2021 - Apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizam uma manifestação de apoio ao governo na orla da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro - WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
7.set.2021 - Apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizam uma manifestação de apoio ao governo na orla da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro Imagem: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

17/08/2022 17h21Atualizada em 17/08/2022 17h21

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), informou que o ato do Exército para o 7 de Setembro no Rio de Janeiro não será um desfile. Os militares vão usar apenas um trecho da avenida Atlântica, próximo ao Forte de Copacabana, "sem arquibancada ou desfile".

Segundo Paes, na data em que será comemorado o bicentenário da Independência do Brasil, devem ocorrer apresentações da Marinha e da Aeronáutica "no mar e no espaço aéreo, sem qualquer tipo de interferência nas pistas" da avenida. Para preparar a organização do evento, devem ser realizadas reuniões nos próximos dias entre a Prefeitura do Rio e as Forças Armadas.

"Repito: a parada militar não será na Pres Vargas nem em Copacabana. Essa é a solicitação que recebi do Exército Brasileiro", escreveu no Twitter.

O local de realização do desfile virou tema de debate após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito que a parada militar aconteceria na orla de Copacabana. A prefeitura da capital fluminense, no entanto, definiu que a comemoração da data aconteceria no centro da cidade, na avenida Presidente Vargas, em torno do Pantheon de Caxias.

De acordo com o prefeito, as Forças Armadas não fizeram nenhum pedido oficial para transferência do local. À coluna de Chico Alves, do UOL, Paes deu uma outra informação: nem mesmo a Presidência da República enviou qualquer solicitação para que a mudança fosse feita.

Logo que a realização em Copacabana foi sugerida por Bolsonaro, Paes disse no Twitter que estava "inteiramente à disposição do governo federal", mas lembrou que o evento demanda uma "logística bastante complexa". O prefeito ressaltou a estrutura necessária e a demora para montagem.

Bolsonaro havia dito que, na data em que se comemora a Independência do Brasil, ele estará presente em desfiles oficiais pela manhã, em Brasília, como é tradição, e também no Rio de Janeiro, à tarde.

"Nós queremos, pela primeira vez, inovar no Rio de Janeiro. Sei que vocês queriam aqui, mas nós queremos inovar no Rio de Janeiro. Às 16 horas do dia 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs, forças auxiliares, estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo", disse, durante a convenção nacional do Republicanos, realizada em São Paulo.

No início de agosto, a colunista do UOL Carla Araújo mostrou que órgãos de inteligência do governo federal estavam tentando dissuadir o presidente Jair Bolsonaro (PL) de promover o desfile militar na orla de Copacabana.

Segundo apurou a coluna, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) tentam convencer o presidente a recuar da intenção de levar a parada militar a Copacabana, por questões de segurança. Na avaliação das instituições, o desfile deveria ser mantido na avenida Presidente Vargas, que é o local tradicional das celebrações.