Sob pressão desde os atos terroristas ocorridos em Brasília no domingo, José Múcio negou que renunciará ao cargo de ministro da Defesa. O órgão desmentiu uma informação publicada pelo deputado federal André Janones (Avante), mas a permanência de Múcio à frente da pasta se tornou alvo de especulações.
Em participação no UOL News - Manhã nesta quarta-feira, o colunista Josias de Souza criticou a forma como Múcio lidou com os atos terroristas ao chamá-los de "democráticos", mas avaliou que uma troca ministerial agora, com poucos dias de governo, também seria um equívoco.
Um presidente que se propõe a socorrer todos que estão à beira da estrada não puxará o tapete de José Múcio após tê-lo convidado a fazer um trabalho de aproximação com as Forças Armadas aparelhadas pelo bolsonarismo. Ele cometeu um erro crasso, mas há coisas mais deploráveis no ministério do presidente Lula. Não creio que o Lula afastará Múcio porque isso só pioraria a situação. Josias de Souza, colunista do UOL.
Josias: Crime do bolsonarismo só se organizou porque Bolsonaro esculhambou Estado
Em reportagem exclusiva, o UOL revela nesta quarta que a preparação para os atos golpistas de domingo em Brasília teve um mapa online e previu confronto violento. Josias de Souza condenou a omissão das forças de segurança, contaminadas pelo bolsonarismo, na prevenção e combate à invasão das sedes do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.
Não será por falta de provas que a polícia e o Judiciário deixarão de incriminar os terroristas. O rastro pegajoso deixado por esses golpistas revela que o crime do bolsonarismo só se organizou porque o Estado foi esculhambado pelo Bolsonaro. É hora de interromper essa esculhambação. Josias de Souza, colunista do UOL
Fake news sobre eleições pode deixar Bolsonaro inelegível, diz jurista
Em entrevista ao UOL News - Manhã, o jurista Miguel Reale Júnior afirmou haver elementos suficientes para tornar Bolsonaro inelegível por conta da propagação de notícias falsas durante as eleições. Ele citou o artigo 323 do Código Eleitoral, que estabelece como crime a "produção de inverdades visando interferir no processo eleitoral."
Todos os atos dele durante a campanha foram no sentido de desmoralização das eleições. Creio haver elementos suficientes para essa configuração, com a produção de inverdades e de mentiras que venham a comprometer o processo eleitoral. De fato, isso é de fácil configuração. [Bolsonaro pode se tornar inelegível] Sim. Miguel Reale Júnior, jurista
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