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STF nega recurso de Roberto Jefferson que pedia a suspeição de Moraes

Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi pré-candidato à Presidência nas eleições de 2022 - Mateus Bonomi/Folhapress
Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi pré-candidato à Presidência nas eleições de 2022 Imagem: Mateus Bonomi/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

11/02/2023 08h13

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) negaram por unanimidade o recurso no qual o ex-deputado Roberto Jefferson pedia a suspeição de Alexandre de Moraes na condução dos inquéritos das milícias digitais e das fake news.

O placar foi de 10 a 0 contra o pedido. Como Moraes era uma das partes envolvidas no caso, ele foi impedido de votar. Os demais integrantes da Corte acompanharam o voto da ministra Rosa Weber. O caso estava em julgamento no plenário virtual e terminou ontem.

A presidente do STF argumentou que, embora a defesa de Jefferson só tenha entrado com recurso em novembro do ano passado, os fatos apontados pelos advogados ocorreram entre 2019 e 2021. Na avaliação dela, já passou muito tempo.

Jefferson se encontra preso desde o ano passado, quando atirou contra policiais.

Em seu voto, Weber citou a data de todos os fatos questionados pela defesa de Jefferson:

  • o inquérito das fake news foi distribuído para a relatoria de Moraes em 14 de março de 2019;
  • o inquérito das milícias digitais foi distribuído para a relatoria do ministro 6 de julho de 2021;
  • a petição da prisão preventiva contra Jefferson foi distribuída em 5 de agosto de 2021.

Na realidade, a simples leitura dos fundamentos expostos pelo arguente revelam que todas as circunstâncias apontadas como evidências da suposta inimizade capital com o magistrado recusado dizem respeito a fatos ocorridos em passado distante, anterior à prisão processual indicada pelo arguente como marco temporal a ser considerado.
Rosa Weber

A ministra afirmou ainda que Jefferson questionou a determinação de sua prisão preventiva, executada em outubro do ano passado, por "mera conveniência processual".

Para Weber, ficou claro que o objetivo foi derrubar o argumento de que o recurso demorou para ser protocolado.