Após ida à Maré, Dino promete visitar mais favelas: 'Não é favor, é dever'
O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou que irá aceitar próximos convites para visitar favelas e bairros populares pelo país. Dino comparece hoje à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara para fazer esclarecimentos, um deles sobre sua ida ao Complexo da Maré este mês.
O que aconteceu:
- O ministro disse ser "esdrúxulo" criminalizar não só sua visita, mas as pessoas que moram na região, "como se todos fossem criminosos e não são, é um preconceito".
- "Não é favor, é dever", afirmou Dino sobre sua presença nesses locais.
- O ministro se comprometeu a aceitar "todos os convites similares".
- Novamente, ele negou ter sido chamado ao Complexo da Maré por organização criminosa: "É esdruxulo imaginar que me encontrei com o Comando Vermelho e avisei à polícia".
- Ao longo de toda audiência, Dino se defendeu repetidas vezes de acusações de parlamentares sobre a visita na Maré.
- Em alguns momentos, houve bate boca entre os deputados, principalmente quando o ministro ironizava essas acusações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
- Ele também comentou o episódio dos ataques de 8 de janeiro e criticou a inação de forças de segurança em relação ao acampamento de golpistas em frente ao Quartel-General do Exército.
Criminalizar os mais pobres é estimular a violência contra eles, a violência, a morte, o tiroteio. Não me parece adequado a agentes públicos".
Em campanha eleitoral, todo mundo lembra de ir nas favelas e periferias e ninguém pergunta se ali há crime organizado ou não. Mas agora se verifica a tentativa vil não só de criminalizar o ministro da Justiça, mas aquela população".
Flávio Dino
Maré. A ida do ministro à Maré foi alvo de críticas e acusações da oposição. Parlamentares, como Flávio e Eduardo Bolsonaro, insinuaram que Dino foi sem escolta pesada por ter relação com o crime organizado.
Em entrevista ao UOL News, Dino já havia antecipado que processaria Eduardo por racismo e quebra de decoro. Na semana passada, ele acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) contra sete parlamentares.
Imunidade parlamentar não se sujeita a abuso. Nem é escudo para cometimento de crime nem é camisa de força para maluquice. Flávio Dino
Atos golpistas. Dino negou ter recebido relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) comunicando possíveis ataques aos prédios públicos em 8 de janeiro. Segundo a Folha de S. Paulo, os documentos foram enviados ao Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que une diferentes órgãos e ministérios.
Dino ainda exaltou as Forças Armadas, mas disse que "uma ínfima parte" precisa ser investigada por ação ou omissão no 8/1. O Exército investiga integrantes da ativa que teriam participado do ato.
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