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Comandante do Exército diz que aguarda decisão judicial sobre vídeos do 8/1

General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva - Reprodução/YouTube/@cmse_exercito
General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva Imagem: Reprodução/YouTube/@cmse_exercito

Colaboração para o UOL, em Salvador

20/04/2023 14h16Atualizada em 20/04/2023 14h39

O comandante do Exército Tomás Paiva disse que as imagens dos atos golpistas do dia 8 de janeiro em que aparecem militares, como o ex-chefe do GSI Gonçalves Dias, são um "problema da Justiça".

O que aconteceu:

O general ressaltou que compete ao Judiciário definir se os identificados serão julgados na Justiça Comum ou Militar. "Isso é uma questão que afeta a Justiça, não o Comando do Exército".

O comandante afirmou que o Exército ainda não identificou todos os militares supostamente envolvidos nos atos golpistas.

"Até porque as imagens que nós temos não são todas. Às vezes, as imagens podem estar em determinados órgãos, na Justiça. A partir do momento que tivermos todos identificados, a pessoa será processada onde a Justiça determinar que seja processada".

Ricardo Cappelli:

O chefe interino do GSI falou com a imprensa ao lado do comandante do Exército.

Cappelli disse que a equipe do gabinete está montando uma avaliação após a saída de Gonçalves Dias para apresentar a Lula quando o presidente retornar de viagem.

"Tivemos uma conversa ontem [com o presidente], mas nada específico. A gente ficou de fazer essa conversa, uma avaliação, após a viagem internacional dele".

Ricardo Cappelli afirmou que será feita uma avaliação sobre mudanças no GSI ao longo dos próximos dias.

Gonçalves Dias:

Os decretos da nomeação de Cappelli e da exoneração do ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias, foram publicados no DOU (Diário Oficial da União) ontem e assinados pelo presidente Lula (PT).

Dias pediu demissão do cargo após imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostrarem o general orientando bolsonaristas no atos golpistas de 8 de janeiro.

A exoneração de Gonçalves Dias está descrita como "a pedido" do general.

Além de Dias, o general Ricardo José Nigri, secretário-executivo do GSI, foi exonerado. Capelli também foi nomeado para atuar nesse cargo.