Juíza Gabriela Hardt não consegue remoção e continua na Lava Jato
A juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, não conseguiu remoção da jurisdição e, por isso, vai continuar à frente da Operação Lava Jato.
O que aconteceu?
Ela não teve o pedido atendido porque outros juízes com mais tempo de trabalho fizeram a mesma solicitação. Um dos critérios para avaliar pedidos de remoção é a antiguidade dos magistrados.
Hardt tinha feito a solicitação de remoção para Florianópolis. Remoção é um termo usado para se referir ao deslocamento de um servidor para outro local de trabalho, mas de forma que ele continue no mesmo cargo.
A juíza assumiu a 13ª Vara de Curitiba como titular no mês passado, após o TRF-4 afastar temporariamente o juiz Eduardo Appio por possíveis transgressões disciplinares.
Em situações anteriores, Hardt já havia assumido a jurisdição durante as ausências de Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil, e Luiz Antônio Bonat. Os dois já conduziram a Lava Jato.
A juíza foi responsável, em uma dessas substituições, pela sentença que condenou Lula em 2019. A condenação foi de 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia.
Hardt elogiou Moro na sentença, afirmando que o então ex-juiz sempre tomou decisões fundamentadas na condução do processo contra o petista. À época, Moro já era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).
A condenação de Lula, porém, foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal. A Corte entendeu que os casos não deveriam ter tramitado em Curitiba. O STF também apontou a parcialidade de Moro nas ações contra Lula.
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