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Maierovitch: Pano de fundo da reação de Lula ao caso Moraes é ataque do 8/1

O colunista do UOL Wálter Maierovitch considerou "apropriada" a fala de Lula, que chamou os agressores de Alexandre de Moraes de "animais selvagens", e vê os atos golpistas de 8 de janeiro como pano de fundo para as declarações do presidente.

O que me leva a concluir que Lula agiu bem tem um pano de fundo que não podemos esquecer. Houve uma tentativa de golpe e saímos de um bolsonarismo de matriz fascista. A reação era necessária, mas pode-se discutir se o tom foi adequado ou não. Tendo esse pano de fundo, ela deveria ter um tom mais forte. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Em participação no UOL News, Maierovitch manifestou sua preocupação com o andamento da investigação sobre a agressão a Moraes. O colunista apontou para possíveis desvios na tipificação dos crimes cometidos, o que facilitaria a argumentação da defesa dos acusados para livrá-los de punições mais severas.

Vejo que a coisa anda mal. Fala-se em crime de perseguição, que exige reiteração de condutas. Ali parece haver uma conduta única. Fala-se também em desacato, mas o Moraes não estava em função. Crime contra o Estado Democrático de Direito, sim. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Josias: Lula acerta no sentido, mas erra no timbre contra agressores de Moraes

Josias de Souza considerou que Lula errou no tom ao falar dos agressores de Moraes. O colunista avaliou que, embora o sentido esteja correto, o presidente se iguala ao grupo que ofendeu o ministro do STF ao adotar um viés hostil.

O timbre do Lula foi inadequado. Ao chamar os responsáveis pela arruação no aeroporto de Roma de 'animais selvagens', Lula se iguala em selvageria aos agressores de Moraes. O insulto é a razão de quem não tem razão. O presidente deveria evitar a raiva e faria melhor se dissesse que deseja que os agressores sejam tratados com o rigor da lei. Josias de Souza, colunista do UOL

Maierovitch: Toga é o Estado de Direito, e não puxa-saquismo de ministro

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Ao analisar os acenos de ministros do STF ao governo Lula com mudança de votos, Wálter Maierovitch avalia que as decisões deles deveriam ser pautadas pelo interesse público, e não para agradar o presidente.

Mostrar unidade é uma coisa. Outra coisa é não se comportar como um tribunal independente, mas sim subalterno ou politiqueiro para fazer a vontade do chefe do Executivo ou média com o Legislativo. Isso é muito preocupante. A toga é independente e não tem cor; é o Estado de Direito, e não o estado de vontade de um ministro ou o puxa-saquismo. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

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