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Zambelli procura Boulos após bloqueio de conta de deputado do PSOL

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) procurou o colega de Câmara Guilherme Boulos, líder do PSOL na Casa, após saber de um processo judicial que bloqueou as contas do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O que aconteceu

Zambelli diz que também foi alvo de um bloqueio parecido com que ocorreu com o deputado do PSOL.

Segundo a deputada, o contato foi feito para que seja marcada uma reunião dela e Boulos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "Apesar das visões políticas 100% opostas, busco resolver burocracias que travam o trabalho de todos", afirmou a parlamentar.

A parlamentar afirma que a conta dela que foi bloqueada é uma destinada a reembolso de dinheiro. Em nota, ela disse que deputados têm direito a duas contas: uma para receber o salário e outra para pagamento de despesas com passagens e aluguel de carro, por exemplo. No caso de Zambelli, a segunda é que foi bloqueada.

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa de Boulos, mas não teve retorno.

Glauber Braga recebeu multa de R$ 1 milhão

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) teve suas contas bancárias, tanto pessoal quanto administrativa, bloqueadas, e foi multado em R$ 1 milhão, por decisão do juiz Sergio Roberto Emilio Louzada.

A decisão do TJRJ se deu depois que Glauber e outros simpatizantes do MST organizaram um ato em favor da deputada estadual Marina do MST (PT-RJ), hostilizada por bolsonaristas durante visita à Nova Friburgo (RJ).

O protesto, marcado para o último domingo (27), foi alvo de uma manifestação de "extrema preocupação" do Ministério Público do RJ, que considerou os espaços onde a manifestação estava prevista para ocorrer, as praças de Lumiar e São Pedro da Serra, estreitos para a realização do ato.

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do MP, e proibiu o protesto, tornando Glauber réu e impondo multa caso ele promovesse e/ou participasse do evento. Na decisão, o desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho escreveu que "a livre manifestação não pode se sobrepor à paz social, às garantias da coletividade e à segurança da população".

Ao UOL, Glauber afirmou que a decisão do juiz se configura como "abuso de autoridade", e que já está recorrendo. Ele afirma que não tem como pagar a dívida.

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