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Deputado do PCdoB demite assessor que zombou de israelense vítima do Hamas

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) anunciou a demissão do assessor Sayid Marcos Tenório por debochar de uma jovem feita refém por extremistas do Hamas, após a invasão a Israel, no último sábado (7). Havia suspeita de que a vítima teria sido estuprada.

O que aconteceu:

Márcio Jerry disse "repudiar veementemente" a postagem de Sayid e afirmou se tratar de uma "posição absolutamente individual, que não tem qualquer concordância de minha parte".

O deputado reiterou seu "repúdio aos ataques do Hamas a Israel" e, igualmente, disse ser contra "os ataques de Israel ao povo palestino, defendendo mais uma vez a celebração da tão necessária paz".

"Comunico ainda que por considerar extremamente grave a manifestação determinei a imediata demissão dele do quadro de minha assessoria na Câmara dos Deputados", reiterou Márcio Jerry.

Sayid Marcos Tenório atuava na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, que é presidida pelo deputado Márcio Jerry.

As declarações do assessor viraram arma da oposição. O deputado foi duramente criticado durante a sessão desta terça. Ele foi descrito como alguém que concordava com ataques a civis desde que fossem israelenses.

Quando Jerry anunciou no plenário a demissão de seu assessor, deputados goernistas comentaram que não havia outra medida a tomar por causa da repercussão do caso.

O UOL não conseguiu contato com Tenório com para pedir um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

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Entenda o caso

Historiador e vice-presidente do Ibraspal (Instituto Brasil Palestina), Sayid Marcos Tenório zombou de uma jovem feita refém por extremistas do Hamas no último sábado (7).

Em resposta a um internauta no X, que reproduziu um vídeo da israelense sendo sequestrada, Sayid disse que a mancha de cor escura na calça da vítima seria porque ela teria feito necessidades fisiológicas na roupa. "Isso é marca de merd*. [Ela] se achou nas calças", disse em tom de deboche.

Criticado, ele teve o perfil na plataforma suspenso. Ao jornal O Globo, o historiador alegou que agiu no "calor do momento", mas negou que tenha debochado da mulher. "Aquela imagem ali foi compartilhada como uma pessoa que tinha sido estuprada por um terrorista palestino. Na verdade era uma militar israelense que foi capturada. A roupa suja não foi o que eles disseram? Pode ter eventualmente derramado alguma coisa, pode ter feito cocô, xixi, na roupa. É uma guerra e isso pode ter relação com o estresse que domina a pessoa no momento da captura", afirmou.

Hamas mantém cerca de 150 reféns em Gaza

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o grupo extremista Hamas tem entre 100 e 150 pessoas mantidas reféns na Faixa de Gaza. A declaração foi à CNN Internacional

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"Esperamos que a Cruz Vermelha e todas as organizações internacionais foquem nesses reféns, em como eles são tratados e que eles recebam tratamento conforme a lei internacional. Isso não vai nos impedir de fazer o que precisamos para garantir segurança para o futuro de Israel", disse o embaixador.

Soldados do Exército de Israel nas proximidades da Faixa de Gaza
Soldados do Exército de Israel nas proximidades da Faixa de Gaza Imagem: 9.out.2023 - JACK GUEZ/AFP

Guerra chega ao 4º dia

Israel intensificou ataques à Faixa de Gaza. O governo israelense disse que retomou o "controle total" de regiões do sul do país que foram atacadas pelo Hamas.

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Brasileiro foi morto no conflito, confirmou hoje o Itamaraty. O gaúcho Ranani Glazer estava na rave próxima à Faixa de Gaza atacada pelo Hamas no sábado.

A morte de Bruna Valeanu, outra brasileira desaparecida, também foi confirmada nesta terça-feira (10) . "É com muita dor e minha ficha não caiu eu me despeço . A minha neném virou uma estrelinha no universo. Te amo pra sempre neném!", escreveu Florica Valeanu, irmã de Bruna, no Facebook.

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