Deputado empurra PM e chama agente para briga ao interferir em blitz no Rio

Uma confusão generalizada entre agentes de uma blitz, policiais militares e três deputados do Rio de Janeiro foi gravada na noite de ontem na avenida Brasil.

O que as imagens mostram?

As imagens mostram Rodrigo Amorim (PL), Alan Lopes (PL) e Filippe Poubel (PL) discutindo com pelo menos dois agentes da Blitz BRT Seguro.

Com coletes da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), eles tentam permitir que carros parados pelos agentes sigam viagem na avenida.

Os funcionários públicos, da PM e da prefeitura, se colocam na frente dos veículos e os deputados e membros da comitiva que os acompanhavam passam a empurrar os agentes.

Em determinado momento das imagens, o deputado Rodrigo Amorim pode ser visto empurrando pelo menos quatro vezes um agente da blitz antes de chamá-lo "para o soco" alegando que ele "ameaçou pegar o taser", que é uma arma de choque.

Também é possível ver o momento em que três pessoas cercam e empurram um policial militar, que afirma que foi agredido.

O que as partes alegaram?

A Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro afirmou que os deputados usaram de autoridade "para impedir o trabalho de fiscalização dos agentes".

Eles também afirmaram que os servidores foram coagidos e ameaçados e que a população foi prejudicada pela ação e que o caso foi registrado pelos agentes da 22ª DP.

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A Polícia Militar divulgou uma nota de repúdio ao caso, afirmando que os profissionais foram "desrespeitados e humilhados enquanto exerciam suas atividades legais".

Em vídeo conjunto publicado nas redes sociais, os deputados afirmaram que a blitz era irregular e que agiram para ajudar uma mulher que passava mal em um carro que estava sobre o reboque.

Rodrigo Amorim afirmou que o caso foi "abuso de autoridade" e que eles tiveram "uma reação proporcional à ameaça enfrentada".

Nós só revidamos à forma hostil a qual a guarda municipal estava tratando os parlamentares. Se estava tratando os parlamentares dessa forma, imagina você, cidadão de bem?
Filippe Poubel, deputado

O UOL buscou a Polícia Civil para saber se alguma das partes registrou o caso na delegacia e aguarda retorno sobre o assunto.

Histórico de violência

Um dos deputados envolvidos na confusão, Rodrigo Amorim, é o mesmo que quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, executada em 2018.

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O ato em questão foi cometido ao lado de Daniel Silveira, então deputado federal, hoje com o mandato cassado.

Ele também foi indiciado em 2022 por violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly, de Niterói, após chamá-la de "um vereador" e "aberração da natureza".

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