Ministério da Saúde pagou R$ 2 mil a grupo que fez dança erótica em evento
O Ministério da Saúde pagou um cachê de R$ 2 mil ao grupo da dançarina que fez uma "dança erótica" durante evento da pasta na semana passada em Brasília.
O que aconteceu:
Segundo o ministério, o cachê não foi pago somente à dançarina, mas a todo o grupo que se apresentou no intervalo do 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil, promovido pelo ministério. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles e confirmada pelo UOL. A pasta não detalhou ao UOL quantos integrantes tinha o grupo.
No total, o evento ocorrido entre 4 e 6 de outubro deste ano custou pelo menos R$ 973.173,14 à pasta. Os gastos constam de documentos internos da pasta obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O valor de quase R$ 1 milhão foi pago à GUC Agência de Eventos, uma empresa sediada no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
O preço inclui hospedagem e alimentação (café da manhã, almoço e jantar) para os participantes, além do aluguel de cadeiras, mesas de som, iluminação e da contratação de brigadistas, garçons, auxiliares, recepcionistas e das próprias companhias de dança. O espaço escolhido foi o Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), um dos maiores da cidade.
De acordo com o Estadão, o processo interno do Ministério da Saúde indica que a produção do evento teve a participação de Andrey Roosewelt Chagas Lemos - é dele o primeiro ofício sobre o assunto, encaminhado em 14 de setembro. Ele foi exonerado depois.
No entanto, todas as etapas do processo contaram com a aprovação do superior hierárquico dele, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes de Medeiros Júnior. A ministra Nísia Trindade não é mencionada ao longo das 76 páginas do processo administrativo.
Apresentação criticada
Na apresentação, uma mulher rebola e mostra a calcinha no palco. Vídeo com "dança erótica" foi criticado por parlamentares da oposição.
Após a repercussão, o ministério classificou a apresentação como "inapropriada" e um "episódio isolado". A pasta garantiu que vai adotar medidas para que isso não aconteça novamente e disse que a apresentação não reflete "a política da Secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro" (leia a íntegra abaixo).
Depois, a pasta exonerou o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, responsável pela organização do evento. O Ministério disse que ele assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio.
* Com Estadão Conteúdo
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.