Sakamoto: Cappelli faz mais sentido que Lewandowski na vaga de Dino
Ricardo Cappelli desponta como uma escolha mais adequada do que Ricardo Lewandowski na disputa pela sucessão de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, segundo avaliação do colunista Leonardo Sakamoto durante o UOL News desta terça (26).
É muito mais fácil gerenciar a parte da Justiça do ministério do que a da Segurança Pública. Lula acertaria com um nome forte [para a Segurança]. Não precisa nem dividir, mas que tenha alguém com mais cara de Segurança Pública e consiga segurar o touro à unha.
É muito mais a cara do Cappelli ser mantido no posto, e já mostrou que traz resultado, do que o Ricardo Lewandowski. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto usou como exemplo favorável a Cappelli a forma como o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública tem conduzido a prisão de Zinho, líder miliciano que se entregou à Polícia Federal no domingo (24). Na visão do colunista, o perfil de Cappelli se aproxima mais do que a pasta necessita, já que o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski está mais relacionado ao combate a crimes de colarinho branco.
A prisão de Zinho, na visão de Sakamoto, ainda deve render desdobramentos importantes às investigações sobre a ação das milícias, inclusive em suas ramificações com a política.
Falta entender, na prática, por que ele se entrega. Há uma operação que prendeu uma deputada e puxou o fio do novelo da relação entre milícia e política. Talvez a prisão do Zinho ajude a bloquear essa investigação ou lhe dê outro rumo. Zinho é um arquivo vivo do grupo que controla praticamente um terço do território do Rio de Janeiro. Ele pode falar muito não só sobre o grupo dele, como entregar outros. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Josias: Prisão de Zinho é parte da encenação do combate ao crime no RJ
A prisão de Zinho compõe uma parte da coreografia do combate ao crime organizado no estado, afirmou o colunista Josias de Souza. O colunista ainda destacou como a condução deste caso fortalece o nome de Cappelli para ser efetivado como substituto de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça.
Ele se entregou à PF em um gesto que dá a dimensão do tamanho do problema. Ele fez isso por saber que as polícias Civil e Militar do Rio estão contaminadas pelo crime organizado. Entregando-se a uma delas, ele estaria sujeito a dar de cara com um rival que o mataria. O irmão dele e comparsas foram mortos assim. O que serve de alento é que as manifestações de Cappelli são muito ajuizadas. Ele tem a dimensão de que isso é apenas parte da encenação que envolve o combate ao crime no Rio. Josias de Souza, colunista do UOL
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