Alvo do caso Marielle, Brazão ganha direito a 360 dias de férias no TCE-RJ

O TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) concedeu 360 dias de férias retroativas aos conselheiros Domingos Brazão e José Maurício Nolasco.

O que aconteceu

Brazão e Nolasco ganharam direito a tirarem 360 dias de férias, que podem ou não ser convertidas em dinheiro. A decisão foi tomada na última quarta (24) pelo Conselho Superior de Administração do órgão.

Os dois ainda não decidiram se tirarão as férias em dinheiro ou descanso. Segundo o TCE-RJ, o benefício é referente ao período de 2017 a 2022, quando ambos ficaram afastados dos cargos sob investigação da Lava Jato no Rio.

Brazão e Nolasco chegaram a ser presos temporariamente em 2017. Eles e outros três conselheiros do TCE-RJ foram alvos da operação Quinto do Ouro, uma etapa da Lava Jato no Rio.

Suspeitas no caso Marielle

Brazão é apontado como suspeito da morte de Marielle desde 2019. Naquele ano, a PGR (Procuradoria-geral da República) denunciou o político por obstruir as investigações do crime, em documento enviado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O nome de Brazão aparece na delação de Elcio Franco, um dos autores do crime. O ex-policial, que fechou acordo de colaboração no ano passado, dirigia o carro de dentro do qual o parceiro Ronnie Lessa atirou contra Marielle e Anderson.

Brazão nega ligação com o crime. Ele voltou a se manifestar sobre o caso após o site The Intercept publicar, na semana passada, que ele foi apontado por Ronnie Lessa como o mandante dos assassinatos.

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