Conteúdo publicado há 3 meses

Abin: CGU diz não descartar que dados foram apagados também na gestão Lula

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Marques de Carvalho, afirmou que não descarta que o governo Lula tenha apagado registros sobre os monitoramentos feitos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

O que aconteceu

Carvalho disse que a CGU apura se as remoções ocorreram nos governos Lula e Bolsonaro. "É possível que isso tenha acontecido no governo Bolsonaro, mas não tenho como descartar que algo tenha acontecido no governo Lula, porque são muitas informações. A tendência é que isso tenha acontecido primordialmente no governo Bolsonaro, mas isso está sendo investigado", disse o chefe da CGU em entrevista à GloboNews.

O ministro afirmou que relatórios de inteligência sigilosos foram impressos antes de serem apagados. "Todo esse material que eu falei que foi impresso, que nós imprimimos depois de conseguir encontrar nos servidores das impressoras, não estava mais lá à disposição. Ele foi identificado porque nós fizemos uma investigação no servidor das impressoras", acrescentou Carvalho.

Entenda a operação sobre a 'Abin paralela'

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na segunda-feira (29) contra pessoas do núcleo político que receberam informações da "Abin paralela". Segundo as investigações, a Abin foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro para espionar adversários políticos.

Um dos alvos foi Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente. A busca e apreensão foi autorizada na casa de Carlos e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, e também em uma casa em Angra dos Reis, onde Carlos estava com a família, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo as investigações da PF, Carlos Bolsonaro recebia informações sobre inquéritos em andamento, inclusive da Polícia Federal. Os agentes também investigam se a Abin produzia dossiês para atender aos interesses de Carlos.

Ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem já tinha sido alvo de buscas. Aparelhos antigos da Agência Brasileira de Inteligência foram encontrados em endereços ligados ao hoje deputado federal.

A lista de nomes monitorados ilegalmente pela Abin ainda não foi divulgada. Na quarta (31), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, pediu ao STF acesso à lista de parlamentares que foram espionados.

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